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Primeiro-ministro da Índia ameaça novas investidas caso Paquistão ataque

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O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, alertou o Paquistão nesta segunda-feira (12) que o país pode voltará a atacar “esconderijos terroristas” no caso de novos ataques contra território indiano.

Ele também afirmou que não será dissuadido pelo que chamou de “chantagem nuclear” paquistanesa.

Os primeiros comentários públicos de Modi desde que as Forças Armadas indianas lançaram ataques contra “campos terroristas” na semana passada indicaram um endurecimento da posição da Índia em relação aos laços com o país vizinho, que já eram tensos mesmo antes dos últimos combates.

O Paquistão nega as acusações indianas de que apoia os chamados terroristas, e afirma que os locais atingidos pela Índia na semana passada eram ocupados por civis.

As declarações de Modi são feitas dois dias depois de ambos os países concordarem com um cessar-fogo anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A trégua foi alcançada após quatro dias de intensas trocas de tiros, quando os antigos inimigos atacaram instalações militares um do outro com mísseis e drones, matando dezenas de civis.

Entenda a tensão entre Índia e Paquistão

O confronto militar teve início no dia 7 de maio, quando a Índia lançou ataques contra nove locais de “infraestrutura terrorista” no Paquistão e na Caxemira paquistanesa.

O motivo por trás da investida foi um ataque a turistas hindus por homens armados na Caxemira indiana no mês passado, que deixou 26 homens mortos. O Paquistão negou qualquer ligação com o ataque e pediu uma investigação neutra.

“Se houver um ataque terrorista contra a Índia, uma resposta adequada será dada… em nossos termos”, destacou Narendra Modi em hindi em um discurso televisionado.

“Nos próximos dias, mediremos cada passo do Paquistão… que tipo de atitude o Paquistão adotará”, afirmou o primeiro-ministro indiano.

“A Índia atacará de forma precisa e decisiva os esconderijos terroristas que se desenvolvem sob o disfarce da chantagem nuclear”, continuou Modi, listando condições de para manter conversas com o governo paquistanês e suspender as restrições impostas depois do ataque à Caxemira.

“A posição da Índia é clara: terror e negociações não podem andar juntos; terror e comércio não podem andar juntos. E água e sangue não podem fluir juntos”, destacou o premiê, referindo-se a um pacto de compartilhamento de água entre os dois países que foi suspenso.

Diálogo entre Índia e Paquistão

Tanto a Índia, de maioria hindu, quanto o Paquistão, de maioria muçulmana, governam parte da região da Caxemira, no Himalaia, mas a reivindicam por completo.

Eles travaram duas das três guerras desde a independência em 1947 pela região, e houve vários outros conflitos limitados, inclusive nos anos de 2016 e 2019.

O mais recente conflito militar entre os vizinhos do sul da Ásia se intensificou de forma alarmante no sábado (10) e, por um breve período, houve temores de que os arsenais nucleares pudessem ser usados, já que o Exército do Paquistão informou que um órgão superior de supervisão de armas nucleares iria se reunir.

No entanto, o ministro da Defesa paquistanês, Khawaja Asif, disse que essa reunião não estava programada.

Analistas militares avaliaram que essa pode ter sido a maneira de o Paquistão sugerir uma opção nuclear, já que seu governo tem uma política de “primeiro uso” caso sua existência esteja ameaçada em um conflito.

O discurso de Modi ocorreu horas depois de os chefes de operações militares da Índia e do Paquistão conversarem por telefone, e dois dias depois de terem concordado com o cessar-fogo.

“Questões relacionadas à continuidade do compromisso de que ambos os lados não devem disparar um único tiro ou iniciar qualquer ação agressiva e inimiga um contra o outro foram discutidas”, disse o Exército indiano.

“Também foi decidido que ambos os lados considerem medidas imediatas para garantir a redução de tropas nas fronteiras e áreas avançadas”, acrescentou.

Não houve uma leitura imediata do Paquistão sobre as conversas dos chefes de operações militares.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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