A Cúpula Celac-China reúne na madrugada desta terça-feira (13) os líderes latinos e chineses, numa agenda intensa que faz parte dos eventos do chamado Sul Global, que inclui, também, a cúpula dos Brics e a do G20.
Além de Lula, estarão no encontro o líder chinês, Xi Jinping, e os presidentes Gabriel Boric, do Chile, e Gustavo Petro, da Colômbia.
A balança comercial entre os países da Celac e a China somou US$ 427 bilhões entre janeiro e setembro de 2024, segundo dados do ministério de comércio da China.
A cúpula tem como objetivo aumentar essa cifra, justamente no momento em que a China precisa encontrar novos destinos para a produção industrial em meio à guerra comercial com os Estados Unidos.
Durante a viagem, Lula participou também do seminário empresarial Brasil-China.
A Apex anunciou acordos que somam US$ 27 bilhões em investimentos diretos de empresas chinesas no Brasil.
Entre as promessas, estão: a ampliação das operações de uma montadora chinesa; o aporte de uma empresa de tecnologia do setor de delivery; a criação de um centro de energia renovável no Piauí; e a construção de um parque industrial neutro em emissões de carbono.
Parte dos investimentos chineses no Brasil já está consolidada. A novidade do fórum, entretanto, foi o foco nos aportes no setor de serviços.
Ao encerrar o encontro, o presidente Lula exaltou a relação entre os dois países. E comparou o próprio governo à revolução comunista chinesa, que alçou Mao Tsé-Tung ao poder depois da Segunda Guerra Mundial.
“A única razão pela qual eu acredito que valeu a pena a revolução chinesa em 1949 e o que valeu as nossas eleições no Brasil é provar que quando um governo tem compromissos sociais e não esquece as origens daqueles que chegaram ao poder, e querem levar isso para todos, as coisas melhoram”, afirmou o presidente.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br