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Leão XIV anda pela primeira vez de papamóvel elétrico; conheça o carro

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O papa Leão XIV fez sua primeira aparição pública a bordo do papamóvel totalmente elétrico. Neste domingo (18), o pontífice tomou posse oficialmente após ter sido eleito no conclave de 2025. O veículo, desenvolvido especialmente para o Vaticano durante a gestão do seu anterior, o papa Francisco, e reforça o compromisso com a mobilidade sustentável.

O papamóvel é baseado no Mercedes-Benz G580 EQ, a versão elétrica da tradicional Classe G. Este modelo mantém a estética característica da linha, mas incorpora um conjunto motriz totalmente elétrico, composto por quatro motores posicionados próximos às rodas.

Essa configuração garante tração integral permanente, necessária para as situações específicas dos deslocamentos papais, que geralmente ocorrem em velocidade reduzida e em trajetos curtos, sobretudo durante procissões e eventos oficiais. A principal diferença o modelo até o abril de 2025 é que agora o papamóvel ostenta o brasão de Leão XIV.

De acordo com informações oficiais, o consumo médio de energia do veículo varia entre 27,7 e 30,4 kWh a cada 100 quilômetros, seguindo os parâmetros do ciclo WLTP. Por ser um modelo de propulsão elétrica, o carro opera com emissão zero de CO₂, fator que dialoga diretamente com os princípios ambientais defendidos pelo Vaticano, especialmente após a publicação da encíclica Laudato Si’, documento no qual o papa Francisco destacou a importância da responsabilidade ecológica e do uso racional dos recursos naturais.

Mercedes-Benz G580 Papamóvel de Francisco • Divulgação

A produção e adaptação do papamóvel demandaram cerca de um ano, envolvendo equipes de engenharia e design na Áustria, Alemanha e Itália, com coordenação geral baseada em Roma. O projeto exigiu modificações na carroceria e na estrutura interna.

A área traseira, por exemplo, foi remodelada para receber um assento único e central, ajustável em altura e com capacidade de rotação, permitindo que o papa possa interagir diretamente com os fiéis. Além disso, dois outros bancos foram instalados nas laterais, destinados a acompanhantes.

Mercedes-Benz G580 Papamóvel de Francisco
Mercedes-Benz G580 Papamóvel de Francisco • Divulgação

Do ponto de vista estrutural, a porta traseira do lado esquerdo foi eliminada e substituída por uma estrutura contínua moldada manualmente à carroceria, enquanto a porta do lado direito foi mantida, mas com dobradiças invertidas para facilitar o acesso. O teto do veículo foi parcialmente removido a partir da coluna B, garantindo maior visibilidade do pontífice. Um teto removível adicional foi projetado para ser instalado em caso de mau tempo.

A pintura segue a tradição dos papamóveis anteriores, utilizando o tom branco perolizado, cor histórica adotada pelo Vaticano para os veículos oficiais do papa. Embora seja um automóvel de tecnologia moderna, o modelo preserva elementos estéticos que remetem aos papamóveis clássicos, estabelecendo continuidade visual e simbólica com os veículos utilizados pelas lideranças religiosas desde o século passado.

Mercedes e Vaticano

A relação entre o Vaticano e a Mercedes-Benz remonta à década de 1930, quando o papa Pio XI recebeu um Nürburg 460 Pullman Saloon. Desde então, diversos pontífices utilizaram versões adaptadas de modelos da fabricante alemã, como o 300 Landaulet e o G500, este último associado à imagem do papa São João Paulo II nos anos 1980.

Embora o G580 EQ Papamóvel seja o primeiro veículo elétrico dedicado a aparições públicas, o Vaticano já havia incluído carros elétricos em sua frota anteriormente. Um Nissan Leaf, doado em 2017, foi o primeiro automóvel movido a bateria a integrar a garagem papal, mas sem configuração específica para eventos oficiais. O atual  papamóvel representa o primeiro projeto construído desde o início com propulsão elétrica e adaptado integralmente às demandas do Vaticano.

Essa mudança reflete não apenas a modernização dos meios de transporte da Santa Sé, mas também uma sinalização clara sobre a importância da mobilidade limpa e sustentável no contexto atual, inclusive em instituições com forte tradição histórica como o Vaticano.

 

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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