Com mais de 99% das urnas apuradas, Luís Montenegro, da Aliança Democrática (AD), deve vencer neste domingo (18) a corrida eleitoral para o cargo de primeiro-ministro. Montenegro derrotou Pedro Nuno Santos, do Partido Socialista (PS) e André Ventura, do Chega, que estavam tecnicamente empatados.
Por meio da AD, Montenegro reúne cerca de 32% dos votos. Já o Partido Socialista (PS) e o Chega contemplam cerca de 20% cada.
As votações ocorrem após o primeiro-ministro Luís Montenegro ter perdido o voto de confiança do parlamento.
Contudo, o resultado não elege o político lusitano. Montenegro não conseguiu maioria no parlamento, e ainda é preciso que ele seja nomeado pelo presidente da República, após uma consulta dos partidos que elegeram parlamentares à Assembleia.
Apesar da aparente derrota, Ventura, líder do Chega, comemorou o empate junto ao Partido Socialista.
“Aparentemente é um resultado histórico. Se matou hoje o bipartidarismo em Portugal”, afirmou à jornalistas. “Temos que aguardar até o fim da noite para aguardar os resultados”.
Aliança Democrática (AD)
Diferente do Brasil, em Portugal se vota no partido, e não no candidato.
A Aliança Democrática (AD), partido no poder em Portugal, agrupa o Partido Social-Democrata (PSD), de centro-direita, do ex-primeiro-ministro interino Luís Montenegro, e o conservador CDS-PP.
Em março de 2024, a AD venceu as eleições nacionais com 28,8% dos votos, superando os socialistas com 28%. Contudo, um ano depois da vitória, seu governo perdeu um voto de confiança parlamentar após a oposição questionar a integridade de Montenegro em relação às negociações da empresa de consultoria de sua família.
A AD se uniu em torno de Montenegro, que negou qualquer irregularidade, e as pesquisas de opinião mostravam que ele é o favorito para vencer, com sua reputação praticamente intacta.
O AD promete manter o rumo traçado no ano passado, visando reduzir impostos para a classe média e empresas, controlar a imigração e enfrentar a crise imobiliária.
Montenegro recusou qualquer acordo com o partido de ultradireita Chega na última legislatura e manteve sua postura de “não significa não” na campanha eleitoral.
Por que as eleições antecipadas?
O primeiro-ministro Luís Montenegro não conseguiu conquistar a confiança do parlamento em março, numa votação que ele próprio propôs, depois da oposição questionar a sua integridade relativamente às negociações com a empresa de consultoria em proteção de dados da sua família.
Isso levou o presidente Marcelo Rebelo de Sousa a dissolver o parlamento e a convocar as eleições.
Montenegro, que lidera a Aliança Democrática (AD), de centro-direita, negou qualquer irregularidade. As sondagens de opinião mostram que a sua reputação se mantém praticamente intacta ao que o público considera uma questão ética sem implicações criminais.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br