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Aliança Democrática vence eleições em Portugal

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Com 99% das urnas apuradas, a coligação de centro-direita Aliança Democrática (AD) venceu as eleições legislativas em Portugal com cerca de 32% dos votos válidos. A legenda tem o ex-primeiro-ministro Luís Montenegro, derrubado do cargo em março deste ano, como candidato para voltar ao cargo.

Os outros  — Partido Socialista (PS) e Chega — ainda disputam pelo segundo lugar com um empate técnico, contemplando em torno de 20%. Até às 19h46 deste domingo (18), o Ministério de Administração Interna de Portugal confirmou 5.965.322 votos, com uma porcentagem de participação de 64,38%.

Apesar da vitória matemática, o resultado não elege Montenegro automaticamente. Para que consiga voltar ao posto de premiê, o político lusitano ainda precisa ser nomeado pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa, que acontece após após uma consulta dos partidos que elegeram parlamentares à Assembleia da República.

A AD também não conquistou maioria no parlamento.

Apesar da aparente derrota, Ventura, líder do Chega, comemorou o empate junto ao Partido Socialista. À jornalistas, o líder da sigla de direita afirmou ser um “resultado histórico”, e que o “bipartidarismo” teria morrido em Portugal.

Entenda caso que derrubou premiê

O premiê Luís Montenegro apresentou a moção de confiança na semana passada, depois que a oposição portuguesa ameaçou estabelecer um inquérito parlamentar sobre a Spinumviva, a consultoria de proteção de dados de sua família.

A oposição afirma que os contratos da Spinumviva com empresas privadas, incluindo um cassino e um hotel, beneficiaram Montenegro enquanto primeiro-ministro.

Ele fundou a empresa em 2021, mas entregou a propriedade para sua esposa e filhos em 2022. Os ativos adquiridos após o casamento pertencem ao casal sob a lei de Portugal, o que deixa a transferência de propriedade em uma área cinzenta entre o direito civil e comercial.

O primeiro-ministro nega as acusações de conflito de interesses ou deficiências éticas, mas os principais partidos da oposição acharam suas explicações pouco convincentes. Como o inquérito parlamentar foi “bloqueado” após a apresentação da moção de confiança, não há nenhuma investigação em andamento sobre a Spinumviva.

Os partidos de oposição que representam a maioria dos assentos parlamentares chegaram a alertar Montenegro que rejeitariam a moção se ela fosse apresentada.

Alguns analistas interpretaram sua ação como um blefe, outros viram a intenção de desencadear uma eleição enquanto sua aprovação ainda estava mais elevada e a economia com uma base forte.

Montenegro propôs que ele enfrentasse um inquérito de comissão parlamentar que duraria até dois meses, mas os principais socialistas da oposição se recusaram a negociar a definição de um limite de tempo, tornando a votação inevitável.

 

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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