Em três dias, cerca de 7.000 mulheres se inscreveram para o alistamento militar voluntário. O levantamento do Ministério da Defesa foi feito até cerca de 12h desta sexta-feira (3).
O recrutamento começou em 1° de janeiro e vai até 30 de junho de 2025.
É o primeiro ano em que mulheres brasileiras podem se alistar voluntariamente para o Serviço Militar Inicial Feminino (SMIF). Estão aptas a candidatura mulheres nascidas em 2007 – que completam 18 anos neste ano.
São 1.465 vagas disponíveis em Brasília e em outros 28 municípios de 13 estados. O alistamento pode ser feito presencialmente nas Juntas de Serviço Militar e por meio do site. É possível servir na Marinha, Exército e Aeronáutica, de acordo com as vagas disponíveis em cada local.
A seleção das candidatas inclui entrevista, inspeção de saúde e testes físicos. As selecionadas serão incorporadas no 1º ou 2º semestre de 2026, de 2 a 6 de março ou de 3 a 7 de agosto. A graduação das recrutadas será de soldado, no caso do Exército e da Aeronáutica, ou marinheiro-recruta, no caso da Marinha.
O Ministério da Defesa ressalta que as mulheres terão “os mesmos direitos e deveres dos homens”. De acordo com a pasta, a intenção é aumentar, progressivamente, o número de mulheres recrutadas, atingindo o índice de 20% das vagas.
As mulheres representam apenas 10% do efetivo das Forças Armadas. No total, são cerca de 37 mil mulheres militares, que atuam principalmente nas áreas de saúde, ensino e logística.
Atualmente, o ingresso de mulheres na vida militar já pode ser feito como oficiais ou sargentos de carreira por meio de concurso público. Outra possibilidade é a seleção de mulheres como oficiais e sargentos temporárias (servindo por até oito anos), por meio de seleção conduzida pelas Regiões Militares.
Para homens, o alistamento é obrigatório, imposto a todos os homens que atingem 18 anos, e está previsto na Constituição.
Serviço militar
O serviço tem a duração de aproximadamente 12 meses, prorrogáveis anualmente até oito anos. As mulheres incorporadas terão direito à remuneração, auxílio-alimentação, contagem de tempo para aposentadoria, além da licença-maternidade.
Segundo as Forças Armadas, o treinamento físico será equivalente ao dos homens, com critérios específicos para cada Força. Após a incorporação, as mulheres também poderão realizar cursos de capacitação profissional em diversas áreas.
Após o período na ativa, as mulheres receberão o Certificado de Reservista e a Certidão de Tempo de Serviço. Segundo o Exército, em caso de mobilização, elas poderão ser convocadas, assim como os homens, conforme regulamentado pela Lei do Serviço Militar e decretos sobre o tema.
Neste ano, as cidades com vagas disponíveis para o alistamento feminino são:
- Águas Lindas de Goiás (GO)
- Belém (PA)
- Belo Horizonte (MG)
- Brasília
- Campo Grande
- Canoas (RS)
- Cidade Ocidental (GO)
- Corumbá (MS)
- Curitiba
- Florianópolis
- Formosa (GO)
- Fortaleza
- Guaratinguetá (SP)
- Juiz de Fora (MG)
- Ladário (MS)
- Lagoa Santa (MG)
- Luziânia (GO)
- Manaus
- Novo Gama (GO)
- Pirassununga (SP)
- Planaltina (GO)
- Porto Alegre
- Recife
- Rio de Janeiro
- Salvador
- Santa Maria (RS)
- Santo Antônio do Descoberto (GO)
- São Paulo
- e Valparaíso de Goiás (GO)
Fonte: www.cnnbrasil.com.br