A analista de internacional Fernanda Magnotta prevê um período turbulento para a Venezuela, marcado por agitação política e possível violência, em meio à contestada posse do presidente Nicolás Maduro.
Durante o CNN 360° desta terça-feira (7), Magnotta destacou a crescente pressão internacional e a intensificação da repressão interna no país.
Segundo a especialista, “o que dá para esperar em relação à Venezuela é um período de muita agitação e, muito possivelmente, de algum grau de violência política”.
Ela ressaltou que a repressão tem sido intensa desde as eleições, com grupos opositores e a comunidade internacional tratados com hostilidade pelo governo Maduro.
Coalizão internacional contra Maduro
Magnotta chamou a atenção para a formação de uma ampla coalizão internacional contra o governo venezuelano. Ela mencionou a visita planejada de ex-mandatários latino-americanos à Venezuela para apoiar a oposição.
A analista enfatizou que essa coalizão não se limita apenas a líderes tradicionalmente críticos à Venezuela ou de direita, mas inclui também figuras mais progressistas.
“A gente não está falando só de líderes tradicionalmente críticos à Venezuela ou da direita, a gente está falando de uma grande coalizão de diferentes graus de aproximação ideológica no sentido de contestar uma eleição, um pleito que foi amplamente discutido internacionalmente”, explicou Magnotta.
Apoio internacional a Edmundo González
A analista destacou o crescente apoio internacional a Edmundo González, citando uma recente publicação do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Na postagem, Biden afirmou que González “fez uma campanha que inspirou milhões de pessoas” e que “ele deve ter o direito de ocupar o escritório que é seu”, defendendo uma transferência pacífica de poder na Venezuela.
Diante desse cenário de pressão internacional e contestação interna, Magnotta concluiu com uma previsão sombria: “Infelizmente, a perspectiva, a previsão na minha visão é de uma elevação de violência inclusive”.
A analista alerta para a possibilidade de uma intensificação dos conflitos políticos no país sul-americano nos próximos dias.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br