O presidente da França, Emmanuel Macron, em uma entrevista à CNN, criticou a proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a Faixa de Gaza. Macron enfatizou que não se pode simplesmente pedir a dois milhões de pessoas que deixem suas casas, destacando a complexidade da situação no Oriente Médio.
Américo Martins, analista sênior de Internacional da CNN, ressaltou o peso significativo da declaração de Macron.
“A França, como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, tem buscado soluções equilibradas para a região, e Macron é conhecido por sua abordagem centrada no diálogo”, disse Américo.
Abordagem diplomática e críticas equilibradas
Para o analista, Macron adotou um tom comedido, expressando sua oposição de maneira clara, mas suave.
Ele não atacou diretamente Trump, tratando-o como igual e lembrando os compromissos dos EUA com a legislação internacional e o reconhecimento histórico da possibilidade de criação de um Estado palestino.
O presidente francês também deixou clara sua discordância com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, mas de forma diplomática.
Macron reiterou que continuará criticando Israel pelo alto número de civis mortos em Gaza, sem apoiar soluções que impliquem no deslocamento forçado da população palestina.
Estratégia de influência sem confronto direto
A abordagem de Macron demonstra uma tentativa de influenciar a política americana para o Oriente Médio sem entrar em conflito direto.
Ao tratar o tema com diplomacia e respeito, o líder francês busca manter canais de diálogo abertos, especialmente com os Estados Unidos, visando uma possível mediação futura no conflito israelo-palestino.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br