O plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de deslocar a população palestina da Faixa de Gaza e estabelecer controle americano na região tem gerado forte resistência internacional, principalmente entre os países árabes.
O Rei da Jordânia, Abdullah II, em encontro recente com Trump, expressou clara oposição à proposta, atuando como porta-voz não apenas de seu país, mas também da chamada “Rua Árabe” – a opinião pública do mundo árabe.
Segundo o analista sênior de Internacional da CNN Américo Martins, a posição do monarca jordaniano é particularmente delicada, considerando que a Jordânia, assim como o Egito, recebe significativa ajuda financeira dos Estados Unidos.
Plano alternativo em desenvolvimento
O Egito estaria liderando um plano alternativo para reconstruir Gaza sem a remoção da população palestina, uma iniciativa que contaria com o apoio de vários países árabes.
O Rei Abdullah II anunciou que este plano será apresentado nos próximos dias, sinalizando um esforço conjunto para encontrar uma solução que não envolva o deslocamento forçado de pessoas.
A proposta de Trump tem sido vista por muitos como uma violação do direito internacional.
Até o momento, ela parece agradar principalmente à extrema direita israelense, enquanto a própria sociedade israelense se mostra dividida sobre a questão.
A comunidade internacional tem criticado veementemente a ideia de remoção forçada dos palestinos, considerando-a ilegal e potencialmente desestabilizadora para a região.
Alguns analistas especulam que as declarações de Trump possam ser uma tática de negociação para pressionar os países árabes a buscar uma solução para o conflito.
Enquanto isso, a Jordânia se comprometeu a receber milhares de crianças palestinas para tratamento humanitário, com a expectativa de que elas retornem posteriormente para suas famílias na Faixa de Gaza.
Esta ação demonstra um esforço para oferecer ajuda imediata, ao mesmo tempo em que se busca uma solução mais abrangente e duradoura para a crise na região.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br