por Luiz Bosco Sardinha Machado Júnior
É uma necessidade conscientizar as pessoas sobre a realidade do suicídio. A Organização Mundial da Saúde estima em 800 mil mortes por ano. Ainda que os números no Brasil estejam abaixo da média mundial, seguem preocupantes, com mais de 16 mil casos em 2022.
Existem alguns “tabus” a respeito que, infelizmente, atrapalham a conscientização. Falar sobre o suicídio, de maneira não sensacionalista, ajuda a prevenir. É preciso incentivar as pessoas a procurar ajuda sempre que tiverem pensamentos relacionados a tirar a própria vida.
Origem do Setembro Amarelo;
Campanha surgiu nos EUA decorrente do suicídio de um jovem de 17, em 1994, que era conhecido pelo carro amarelo que possuía. Familiares e amigos distribuíram cartões com frases de apoio, acompanhados de fitas amarela. Esses cartões tiveram disseminação muito maior do que imaginavam e daí surgiu a campanha anual do Setembro Amarelo.
O que é saúde mental e como cuidar dela;
Saúde mental envolve o bem-estar de maneira global, incluindo condições adequadas de vida, acesso a trabalho, educação, cultura, dentre outros fatores.
Cuidar da saúde mental exige tempo para descansar, para a família e para atividades de lazer. Outro fator importante é manter hábitos que “alimentem a mente”, como leitura, assistir a bons filmes, ouvir e fazer música, viagens etc.
Importância das políticas públicas para a saúde mental.
As ações de cuidado com a saúde mental não se restringem a atitudes individuais. Demandam políticas públicas realmente voltadas para a população, que atendam suas necessidades, tanto em termos de tratamento, quanto em prevenção.
A instituição referência nessa área é o CAPS, Centro de Atenção Psicossocial, voltada para a Saúde Mental da população com ações diversas. Entretanto, toda a sociedade é responsável por colaborar para o bem-estar, promovendo o respeito à diversidade e a inclusão; garantindo condições dignas de trabalho, educação de qualidade e moradia.
Onde procurar ajuda
Em todo o Brasil, é possível ligar para o número 188, do Centro de Valorização da Vida. Nesse número, um/a voluntário/a irá atender, ouvir e orientar, a qualquer hora do dia.
Em muitos municípios, os postos de saúde contam com psicólogos/as. Informe-se na unidade de saúde mais próxima de sua casa.
Os CAPS oferecem atendimento especializado para certos casos, mas podem ser procurados para tirar dúvidas.
Autor:
Luiz Bosco Sardinha Machado Júnior é psicólogo do Centro Municipal de Saúde Mental de Taquarituba, Doutor em Psicologia pela Unesp de Assis, professor do Curso de Psicologia da Faculdade Estácio de Sá de Ourinhos. É membro associado do Lions Clube Marília Literário.
