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Às vésperas de eleição, bancada evangélica tem polarização Lula x Bolsonaro

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Às vésperas de eleger o novo presidente do grupo, a Frente Parlamentar Evangélica no Congresso Nacional está rachada e vive um clima de polarização entre candidatos vistos como mais lulistas ou bolsonaristas.

Os dois principais nomes a liderar a bancada evangélica são os deputados federais Gilberto Nascimento (PSD-SP) e Otoni de Paula (MDB-RJ). Outro nome na disputa é a deputada Greyce Elias (Avante-MG), tida com menos chances.

A eleição interna da frente – uma das mais atuantes e poderosas do Parlamento com mais de 200 membros – está marcada para 26 de fevereiro. Deputados ouvidos pela CNN negam a possibilidade de um acordo até o momento, mas uma reunião para discutir o pleito está prevista para a próxima terça-feira (11).

Gilberto Nascimento é visto como mais alinhado a Jair Bolsonaro (PL), tem o apoio de Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido na Casa, e vem sendo apoiado por deputados ligados à direita. Isso especialmente depois que Otoni de Paula rompeu com Bolsonaro e compareceu a um evento ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto.

Otoni de Paula tem a preferência do atual presidente da bancada, Silas Câmara (Republicanos-AM), segundo seus aliados. O presidente anterior do grupo, Eli Borges (PL-TO), diz trabalhar por um consenso.

Tanto Otoni quanto Nascimento negam que estejam ao lado de alguém.

Otoni diz “nunca ter sido Lula”, mas apenas respeitar quem está à frente da Presidência da República. Ele argumenta que a bancada precisa dialogar com o governo federal, fazer uma oposição crítica quando necessário e não ficar presa em pautas de costume.

“Há um abismo colossal entre o que o PT pensa sobre pautas progressistas, que são antagônicas ao que pensamos. Mas isso não pode impedir o diálogo pelo bem do Brasil”, disse Otoni, ao reclamar de um “patrulhamento bolsonarista”.

Gilberto Nascimento tem discurso na mesma linha, de que a frente não pode ter um político de preferência.

“A frente é muito maior do que isso, temos membros de todos os partidos, inclusive do PSOL, por exemplo. Essa polarização é muito ruim para a bancada. Não pode ser puxadinho do Bolsonaro nem do Lula. Temos que cuidar das pautas em comum para os evangélicos”, disse Nascimento.

Um dos pastores mais influentes do país e apoiador de Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia negou à CNN que esteja pedindo voto a Gilberto Nascimento, embora apoie o deputado em eleições em São Paulo.

Ele argumenta que a eleição é questão interna do Congresso e também defende que Nascimento não ficará a serviço nem de Bolsonaro, nem de Lula, se vencedor.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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