Os militares israelenses explodiram vários prédios na Cisjordânia ocupada no domingo (2) em uma série de explosões simultâneas que, segundo a agência de notícias estatal palestina, destruíram cerca de 20 prédios no campo de refugiados de Jenin.
Nuvens espessas e enormes foram vistas subindo da cidade palestina onde as forças israelenses vêm conduzindo há quase duas semanas uma grande operação que, segundo os militares, tem como alvo militantes locais, incluindo a apreensão de estoques de armas.
Questionado sobre a demolição simultânea de edifícios em Jenin, um porta-voz dos militares disse que “várias estruturas usadas como infraestrutura terrorista” foram desmanteladas.
Mais detalhes serão divulgados posteriormente, disse a pessoa.
O diretor do Hospital Governamental de Jenin, Wisam Baker, disse à agência de notícias estatal palestina que parte do hospital foi danificada nas explosões, mas que não houve vítimas.
Jenin é um município populoso construído para descendentes de palestinos que foram expulsos ou fugiram de suas casas na guerra de 1948, quando o estado de Israel foi estabelecido. O campo de refugiados ali tem sido um centro de atividade militante por décadas e alvo de repetidos ataques das forças de segurança israelenses.
Forças israelenses, apoiadas inclusive por helicópteros e escavadeiras blindadas, começaram o ataque à cidade volátil em 21 de janeiro, dois dias após Israel chegar a um cessar-fogo em Gaza com o Hamas.
A Autoridade Palestina, rival do Hamas, exerce governança limitada sobre a Cisjordânia, onde vivem cerca de 3 milhões de palestinos e sobre a qual Israel mantém controle militar geral.
As forças israelenses se envolveram em tiroteios com militantes locais desde que a operação começou. O Ministro da Defesa Israel Katz disse na quarta-feira (29) que as forças de segurança permaneceriam até que a operação fosse concluída, sem dizer quando isso aconteceria.
Pelo menos 25 palestinos foram mortos desde que a operação militar israelense começou, incluindo nove membros de grupos armados, um homem de 73 anos e uma menina de dois anos, de acordo com autoridades palestinas. O exército israelense diz que matou pelo menos 18 militantes e deteve dezenas de indivíduos procurados.
Dezenas de casas e estradas foram destruídas pelas forças israelenses na última campanha. A agência de notícias estatal palestina também disse que um homem de 27 anos foi morto no domingo por forças israelenses que invadiram um campo de refugiados perto de Hebron.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br