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Casa Paulista entrega 72 moradias em Borborema

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Na cidade de Borborema, 72 famílias receberam as chaves da casa própria na quinta-feira (20). Por meio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano, o Programa Casa Paulista investiu R$ 11,8 milhões na construção do Conjunto Habitacional Augusto Pinto de Godoy.

O evento de entrega das chaves contou com a presença do secretário de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Branco, da diretora de Projetos e Programas da CDHU, Maria Teresa Diniz, e do diretor de Engenharia e Obras da Companhia, Silvio Vasconcellos.

Marcelo Branco, secretário da SDUH, falou sobre a importância de entregar moradias em todo o Estado, já que a habitação de qualidade propicia maior bem estar às famílias: “Queremos que todas as pessoas que moram aqui tenham qualidade de vida, e isso começa com a habitação própria. Trabalhamos para que vocês tenham um lar, um ninho, e possam cuidar de suas famílias com toda a tranquilidade do mundo. São mais de 50 mil unidades habitacionais entregues em São Paulo e temos mais de 100 mil unidades em obras em todos os programas da secretaria”, falou.

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O secretário da SDUH aproveitou, ainda, o momento para fazer um agradecimento público à CDHU, a maior empresa pública promotora de habitação de interesse social do País. “Gostaria de fazer um elogio à CDHU, que é uma empresa que está sempre se atualizando e procurando condições melhores e fazendo o melhor, para que vocês possam ter um produto de maior qualidade. Tenho muita honra em ter junto com a secretaria uma companhia como a CDHU”, complementou.

Projeto em BIM

Além da importância do atendimento habitacional em si, a obra tem um diferencial que é um marco para a CDHU: é a primeira construção da Companhia com um projeto piloto das unidades habitacionais e do loteamento desenvolvido em BIM (Building Informativo Modeling, ou Modelagem da Informação da Construção, em português). O BIM é um conjunto de processos e tecnologias que permite uma visão completa e antecipada de cada fase de uma futura construção.

A diretora de Projetos e Programas da CDHU, Maria Teresa Diniz, explicou aos presentes um pouco mais sobre essa metodologia. “Essa casa foi desenvolvida com um protótipo de tecnologia. Nosso secretário e o governador determinaram que evoluíssemos e avançássemos muito com a tecnologia denominada BIM, que faz uma modelagem em 3D das edificações, das calçadas, de toda a implantação de árvores e de toda a parte de infraestrutura subterrânea, canos, água e esgoto, tudo o que está por baixo da terra. Escolhemos, então, esse projeto e, por isso, esse desenvolvimento para nós é também muito especial”.

A partir de dados precisos, são criadas modelagens que permitem simular as próximas etapas de uma construção e verificar seus efeitos, adaptando ações para corrigir erros ou impedir consequências indesejáveis na obra antes mesmo de acontecerem. Isso resulta em maior controle sobre o cronograma, sobre gastos e sobre todo o processo.

Como efeito, há diversas melhorias para a obra: melhor qualidade de projetos (estudos apontam uma redução de erros relacionados a mudanças tardias em projetos em cerca de 30%); sustentabilidade e eficiência energética devido à otimização de desempenho energético de edifícios ao simular suas condições e materiais a serem empregados (estimativas apontam que a redução de consumo de energia varia de 15% a 25%); além da redução de custos, que pode chegar a 20%. Outro benefícios é a redução de desperdício e diminuição da pegada de carbono.

Para além da melhoria da gestão pública e da eficiência dos processos desde o projeto, neste projeto piloto também foi testado um modelo das casas em realidade aumentada para identificação da construção por trás das paredes. Futuramente, isso permitirá ao morador identificar a posição de canos e conduítes, por exemplo, evitando acidentes na hora de fazer reparos ou perfurações.

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No evento, foram instalados equipamentos para visualização desses modelos na forma de holograma, o modelo de realidade aumentada das casas já citado, uma modelagem de gamificação que permite, com o uso de um óculos tecnológico, percorrer todos os cômodos de uma casa virtualmente, além da visualização de modelos em 3D de uma planta a partir de tablets.

Novo desenho das unidades

-As casas têm dois dormitórios, sala de estar, cozinha, banheiro e lavanderia, distribuídos em 43 m2 de área útil. As unidades contam com piso cerâmico, azulejo no banheiro, na cozinha e na área de serviço, laje, cobertura em estrutura metálica e sistema de energia solar fotovoltaico, garantindo economia na conta de consumo e sustentabilidade. Maria Teresa Diniz destacou, ainda, que essas unidades tiveram um novo modelo de projeto. “Essas são as primeiras casas de um novo desenho que inauguramos. Então, é um modelo novo que vocês estão recebendo aqui com muitas melhorias em relação a projetos anteriores que tínhamos e fomos desenvolvendo internamente na equipe”, disse.

O empreendimento foi viabilizado em parceria com a prefeitura, que doou o terreno. As famílias foram selecionadas por sorteio público, em junho de 2024. O financiamento segue as diretrizes da Política Habitacional do Estado de São Paulo, que prevê juro zero para famílias com renda mensal de até cinco salários mínimos. Assim, pagarão praticamente o mesmo valor ao longo dos 30 anos, com o contrato sofrendo apenas a correção monetária calculada pelo IPCA, índice oficial do IBGE.

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Alana Alves Francisco é secretária, mãe da pequena Samira, de seis anos, e foi uma das contempladas com a moradia. Ela falou sobre a maior liberdade e segurança de passar a viver com sua filha em uma casa própria, já que antes vivia no imóvel de seus pais. “É muita felicidade! Eu sempre esperei para ter minha própria casa. Então, é uma conquista muito grande. Vou morar com minha filha, de seis anos. Agora vai ser diferente, com mais liberdade por morar sozinha com ela. Será uma boa experiência”, contou.

A maior autonomia e a melhor qualidade de vida também foram pontos destacados pela secretária nesse novo momento de vida, que vem acompanhado de muita esperança por dias melhores. “É uma coisa nossa. É um futuro melhor para nós duas, pensando principalmente nela e no seu futuro”, finalizou.

Ketryn Vitória Pagani, de 24 anos, é auxiliar de produção e casada com João Paulo Martins Oliveira, de 30 anos. Após serem sorteados, ficaram ansiosos para as mudanças que a nova moradia proporcionará aos dois. “Foi muita ansiedade. A gente não dormia direito, porque não via a hora de pegar a chave. A ficha nem caiu ainda. O aluguel é um dinheiro que nunca volta para gente. Agora, chegou a nossa vez”, comemorou João.

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A auxiliar de produção falou, ainda, sobre os planos futuros, já que, a partir de hoje, realizaram o sonho da casa própria. “É a felicidade também de estarmos conquistando algo que é nosso. Antes pagávamos aluguel e hoje vamos pagar por algo que sabemos que é nosso. Estamos juntos há 11 anos e quatro meses. Sonhamos em aumentar a família, mas o primeiro sonho já conquistamos. O segundo é vir um menininho ou uma menininha”, falou, emocionada. Por fim, questionada sobre o valor da parcela, a auxiliar de produção falou que ficou muito satisfeita: “Nossa, em comparação ao que pagávamos de aluguel antes, muito menor”, finalizou.

O valor das parcelas é calculado levando-se em conta a renda das famílias, comprometendo, no máximo, em até 20% dos rendimentos mensais. Em Borborema, todas as famílias contempladas no residencial têm renda de até cinco salários mínimos. A menor prestação é de R$ 303,60.

Fonte: www.agenciasp.sp.gov.br

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