Congressistas, aliados e integrantes do PT participaram, nesta quarta-feira (12), de sessão solene na Câmara dos Deputados, em homenagem aos 45 anos do partido. Parlamentares discursaram em prol da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e fizeram acenos à presidente nacional da sigla, Gleisi Hoffmann, cotada para assumir vaga na Esplanada.
“Nosso Lula está batalhando em resultado. Temos que fazer essa batalha nas ruas do Brasil para, em 2026, eleger de novo Luiz Inácio Lula da Silva presidente novamente da República”, disse o líder do partido na Casa, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ).
As comemorações do aniversário da sigla são promovidas no momento em que o governo Lula enfrenta queda na popularidade. O partido também vive o desafio de renovação e engajamento da militância jovem. “Esse é um momento muito desafiante, temos uma grande responsabilidade de lutar nas ruas e nas redes, e defender o presidente Lula”, declarou Farias.
Em julho, o partido terá a troca da presidência nacional e ainda não tem um sucessor favorito. Gleisi ocupa o cargo desde 2017. No ano passado, a sigla adiou o processo de eleições direta (PED) para evitar “atritos” no primeiro ano da gestão de Lula. Entre os nomes cotados estão Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP); o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); e o senador Humberto Costa (PT-PE).
“Sem a Gleisi, o PT não estava vivo como está hoje. Sem a Gleisi, nós não teríamos ganhado a eleição para a presidência da República. Ela construiu uma aliança potente, construiu as bases fundamentais para garantir a vitória do presidente Lula”, declarou José Guimarães na tribuna.
Gleisi é cotada para assumir a Secretaria-Geral da Presidência no lugar de Márcio Macêdo. Antes, a deputada foi ministra da Casa Civil, de 2011 a 2014, no governo de Dilma Rousseff (PT). Na sessão, ela destacou o “orgulho” de presidir o partido e citou desafios do governo.
“É imensa a responsabilidade que temos perante o país e a história neste momento de reconstrução. Honrar a confiança depositada nas urnas, com a retomada do crescimento e da geração de empregos, como vem fazendo o presidente Lula, e fortalecer a esperança num futuro melhor, mesmo nas circunstâncias dificílimas que encontramos para governar”, disse Gleisi.
Na sessão, os congressistas fizeram críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e repetiram a expressão “sem anistia”, contra a possibilidade de perdão para condenados pelos atos de invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023. A ex-presidente Dilma, que foi afastada do cargo em 2016, também foi lembrada e recebeu aplausos.
A solenidade encheu o plenário da Câmara e reuniu militantes e parlamentares de outros partidos de esquerda. A ministra Nísia Trindade, que não tem filiação partidária, compareceu como representante do governo federal. Fundado oficialmente em 10 de fevereiro de 1980, o PT também organiza uma comemoração no Rio de Janeiro, entre os dias 21 e 22 de fevereiro. O tema do evento será “Raízes no Povo. Olhos no Futuro”.
A sessão solene na Câmara foi presidida pelo primeiro-secretário da Mesa Diretora, deputado Carlos Veras (PT-PE). Compuseram a mesa da solenidade:
- Deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara
- Nísia Trindade, ministra da Saúde
- Odair Cunha, ex-líder da bancada na Câmara e um dos requerente da sessão solene
- Deputado Carlos Veras (PT-PE), primeiro-secretário da Mesa Diretora da Câmara
- Deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do partido
- Deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do partido na Câmara
- Senador Rogério Carvalho (PT-SE), líder do partido no Senado
- Senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado
- Paulo Okamotto, presidente da Fundação Perseu Abramo e um dos fundadores do PT
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
