Parlamentares de direita ouvidos pela CNN reavaliam ir à posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. A principal motivação é o valor do dólar, que está cotado nesta terça-feira (14) a R$ 6,07.
“Um grupo se organiza para ficar em uma casa alugada do Airbnb, porque hotel está dando de 20 a 30 mil reais em poucos dias. Deputado de direita não possui fazendas ou caixa de partido. O gasto sai do meu bolso”, relatou um parlamentar sob anonimato à CNN.
Senadores e deputados também relataram à CNN que, além do dólar alto, o acesso ao evento será restrito. Poucos terão acesso ao presidente eleito dos EUA.
Até o momento, 25 parlamentares pretendem ir à posse. Mas esse número pode cair ou aumentar, dependendo da decisão de Alexandre de Moraes sobre o passaporte de Jair Bolsonaro (PL).
A defesa de Bolsonaro argumentou sobre o convite recebido pela equipe de Donald Trump ao ex-presidente. Advogados afirmaram que o e-mail é verdadeiro.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de manifestação sobre a liberação do passaporte do ex-chefe do Executivo.
Alguns parlamentares ouvidos pela CNN acreditam que o ministro Alexandre de Moraes deve impedir a liberação sob pretexto de falta de comprovação do convite por parte dos advogados do ex-presidente ou liberar o passaporte às vésperas da posse, o que inviabilizaria Jair Bolsonaro de ir em cima da hora a Washington D,C.
Apesar de a expectativa sobre a liberação do passaporte não ser otimista, aliados do ex-presidente avaliam que o convite de Donald Trump a políticos como Javier Milei, da Argentina, Giorgia Meloni, da Itália, Viktor Órban, da Hungria, e Éric Zemmour, da França, além de Bolsonaro, representa o interesse do republicano em fortalecer a direita no mundo.
Historicamente, o cerimonial de posse de presidente dos Estados Unidos não convida chefes de estados. Este ano, no entanto, Donald Trump quebrou o protocolo.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br