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Com dose adequada, população verá legitimidade do STF, diz Cláudio Couto

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O cientista político Cláudio Couto, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), avaliou a postura do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação aos julgamentos dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 e no caso da cabeleireira Débora Santos, que escreveu a frase “perdeu, mané” com batom na estátua da Justiça em frente à sede do STF, em Brasília.

Couto argumenta que a mudança na posição do STF, especialmente do ministro Alexandre de Moraes, relator no inquérito do golpe, de admitir a possibilidade de discussão sobre a dosimetria das penas, é um passo importante. Segundo ele, até então, este assunto sequer era mencionado nas falas dos ministros.

Em entrevista à CNN, o cientista político observou que as penas aplicadas aos participantes de menor expressão podem estar exageradas. Ele alerta que penas percebidas como draconianas podem levar a sociedade a ver os condenados como vítimas de injustiça, ao invés de criminosos.

“Se a dosagem das penas for adequada, ela vai fazer com que a sociedade reconheça a legitimidade nessa decisão”, afirmou Couto. Ele ressaltou a importância política desse processo, e argumentou que uma dosimetria bem aplicada é crucial para deixar claro que o golpismo não é aceitável no Brasil, sem, contudo, ilegitimar todo o processo judicial.

O professor enfatiza que os participantes dos atos em frente aos quartéis não estavam meramente protestando, mas sim “insuflando as Forças Armadas a agirem contra o Estado Democrático de Direito”.

Couto reconhece, no entanto, que há uma distinção entre os líderes do movimento e a “arraia miúda do golpismo”. Ele argumenta que, embora todos sejam considerados golpistas, há uma diferença significativa entre os principais responsáveis e aqueles que foram “insuflados” a participar.

Para o professor da FGV, o objetivo final deve ser dissuadir futuras tentativas de golpe, seja através de campanhas em frente a quartéis pedindo intervenção militar, seja por meio do planejamento de ações mais amplas contra a democracia.

“A aplicação justa e proporcional das penas é fundamental para atingir esse objetivo e manter a credibilidade do sistema judicial”, finaliza.

Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique aqui para saber mais.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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