A operação militar, chamada “Muralha de Ferro”, se concentra na cidade de Jenin, a terceira maior da Cisjordânia, que conta com um grande campo de refugiados. Israel alega combater militantes apoiados pelo Irã e que a região concentra grupos do Hamas e da Jihad Islâmica. Dez pessoas já morreram e 40 ficaram feridas desde o início da operação na terça-feira (21).
Um dia antes da ação, logo após tomar posse, o presidente americano, Donald Trump, revogou as sanções impostas a colonos judeus acusados de violência contra palestinos, impostas pelo ex-presidente americano Joe Biden. Os assentamentos israelenses – palco histórico de conflitos entre judeus e palestinos – são considerados ilegais pela Corte Internacional de Justiça da ONU.
O ministro de Defesa de Israel, Israel Katz, afirma que as Forças de Segurança estão aplicando táticas aprendidas durante a guerra em Gaza. Katz disse na terça-feira que a operação iria “eliminar os terroristas e a infraestrutura terrorista no campo, garantindo que o terrorismo não regresse após o término da operação – a primeira lição do método de repetidos ataques em Gaza”
A Jordânia e Autoridade Palestina, que administra parte da Cisjordânia, condenaram as ações durante o Fórum Econômico Mundial de Davos. “Eles também estão dizendo que vão voltar para Gaza, afirmam que agora é a vez da Cisjordânia e vão fazer na Cisjordânia o que fizeram na Faixa de Gaza”, alertou a ministra de Relações Exteriores da Autoridade Palestina, Varsen Aghabekian. O ministro de Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, disse que “não podemos permitir outra guerra na Cisjordânia.”
Enquanto a operação continua, palestinos estão deixando o campo de refugiados de Jenin, destino de muitos deles desde a primeira guerra árabe-israelense, em 1948, que teve início um dia após a declaração de independência de Israel. O governador de Jenin, Kamal Abu Al-Roub, disse à CNN nesta quinta-feira (23) que o campo de refugiados estava quase vazio. A água foi cortada e a área estava “sob cerco”, acrescentou.
*Com informações da CNN Internacional e Reuters
Fonte: www.cnnbrasil.com.br