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COP 30 em Belém: o significado para o Brasil em sediar o encontro

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A realização da COP30 em Belém do Pará representa para o Brasil uma oportunidade de protagonismo no cenário global de combate às mudanças climáticas. A conferência tem o potencial de impulsionar uma transformação estrutural no país, principalmente do bioma amazônico, apontando o desenvolvimento econômico e social mais sustentável.

Ao sediar o evento, o Brasil ganha visibilidade internacional para apresentar suas iniciativas de preservação ambiental e liderar as discussões sobre soluções inovadoras para os desafios climáticos, desde a preservação da Amazônia até a transição energética, setor que o país é referência mundial.

Mas para especialistas, a COP 30 precisa significar pontuar, acima de tudo, questões globais, tornando o Brasil uma peça chave para o enfrentamento das mudanças climáticas.

“Tenho sido muito enfática em dizer, nós não vamos falar da nossa floresta, nós vamos falar das florestas tropicais do mundo todo, porque todas estão vulneráveis. Acho que é esse o recado que o Brasil vai dar também, porque ele entende que é uma COP planetária, não, não é uma, não é uma COP apenas do Brasil”, diz Thelma Krug, ex-presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC).

Além do impacto na agenda ambiental, a COP 30 pode gerar um legado econômico significativo para o Brasil, com investimentos expressivos.

O governo federal destinou R$ 172 milhões para qualificar a rede hoteleira, buscando criar mais de 26 mil novas acomodações para o evento, incluindo 4.500 leitos em cruzeiros, mais de mil em novos hotéis, quase 11.500 em aluguéis de casas e apartamentos, 2.300 com apoio das Forças Armadas, e mais de 5.000 em escolas adaptadas.

A conferência também tem o potencial de atrair novos investimentos estrangeiros para o país, especialmente nos setores de energia limpa, agricultura sustentável e ecoturismo, fortalecendo a economia nacional e gerando novos postos de trabalho

“É uma oportunidade também para os países conhecerem melhor, deixa um legado importante. Eu acho que eles estão capacitando profissionalmente as pessoas para poder receber bem todos os visitantes. Isso fica, não só para a COP, mas para os outros eventos que vão se seguir”, afirma Thelma.

Legado amazônico

No âmbito social, a COP 30 pode promover uma maior conscientização e engajamento da sociedade brasileira nas questões ambientais. A conferência deve mobilizar a população em torno de temas como desmatamento, poluição e justiça climática, incentivando a adoção de práticas mais sustentáveis no cotidiano.

“O crescimento do protagonismo brasileiro internacional está ocorrendo, é algo importante, ou seja, o Brasil sendo reconhecido, além de ser a nona maior economia do planeta, além de ser um país democrático, que respeita a pluralidade partidária … O país está retomando o papel de liderança mundial no G20 também, não é só na COP 30”, aponta Paulo Artaxo, professor do instituto de física da USP.

O legado da COP 30 para o Brasil supera os ganhos imediatos do evento.. É crucial que o Brasil aproveite essa oportunidade para construir um futuro mais verde, próspero e equitativo para todos os seus cidadãos.

“É importante para o Brasil e para a região amazônica, e assim mostrar que os compromissos brasileiros de zerar o desmatamento até 2030 são concretos, e nós temos todas as condições de cumprir com as nossas obrigações internacionais feitas de acordo com o acordo de Paris”, finaliza Artaxo.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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