Noah Ruiz, de quatro anos, ama duas coisas: picolés e Bob Esponja. E quando ele descobriu que ambos os objetos de sua paixão tinham sido combinados em uma guloseima gelada frutada e deliciosa, ele não pôde deixar de pedi-la.
Para ser exato, ele pediu 918 delas. Da conta na Amazon da mãe dele — mas sem contar a ela.
A mãe de Noah, Jennifer Bryant, deixou o garoto usar seu laptop para aprendizado remoto quando seu iPad não estava funcionando. Ela estava ocupada em outro cômodo quando ele evidentemente usou a conta no site de vendas, que ela divide com a irmã que mora perto.
Em retrospecto, havia sinais de que algo estava prestes a acontecer.
“Ele continuou dizendo o número ’51’. O dia todo ele andou por aí dizendo ’51, 51′”, relatou a mãe.
Mas Jennifer não pensou muito nisso, porque às vezes ele repete as coisas: “Eu realmente não fiquei surpresa [com a repetição], porque ele foi diagnosticado com TEA (transtorno do espectro autista)”.
Telefonema da irmã
Então, Bryant recebeu a ligação da irmã.
“Ela estava reclamando e xingando, e me disse: ‘Sabe, você realmente precisa parar de pedir todas essas coisas’”.
Três caixas enormes, cada uma pesando cerca de 30 kg e precisando de congelamento imediato, chegaram à casa da irmã.
“Eu disse: ‘Não sei do que você está falando’”, respondeu Bryant.
Foi quando ela descobriu que era a dona de 51 caixas de picolés do Bob Esponja, custando pouco menos de US$ 2.619 (cerca de R$ 15,3 mil).
De repente, o mantra repetido de Noah de “51, 51…” começou a fazer sentido.
Dor de cabeça congelante
A Amazon não aceitou os picolés de volta, porque eles vieram de um fornecedor terceirizado. Entretanto, a companhia entrou em contato com Bryant e prometeu doar a quantia dos picolés para uma instituição de caridade de sua escolha.
O banco estava investigando o caso, mas até agora não emitiu um reembolso. Assim, por um momento assustador, Bryant, que é mãe de três filhos com algumas contas escolares altas, não tinha ideia de como pagaria a mensalidade neste semestre.
Uma amiga e colega da Escola de Serviço Social Silver da Universidade de Nova York começou uma vaquinha no site GoFundMe para ela, esperando ajudar a pagar pelo menos alguns dos picolés.
Em 24 horas, o dinheiro arrecadado foi suficiente para pagar os picolés, e as doações continuaram chegando, indo muito além da meta original.
Jennifer diz que usará o dinheiro extra para pagar a escola de Noah e o apoio educacional extra de que ele precisa. Ela espera poder mandá-lo para uma escola especial para crianças no espectro do autismo.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br