De acordo com o parlamentar, existem três signatários do pedido de impeachment
Camarinha: ‘Dilma dizer no exterior que o afastamento é golpe não colou’ – Divulgação
O deputado estadual Abelardo Camarinha (PSB) não gostou das declarações recentes da presidente da República. “A Dilma (Rousseff) dizer no exterior que o afastamento é golpe não colou”.
Camarinha classificou as entrevistas como “desnecessárias”. “Dezenas de jornalistas e correspondentes internacionais tiveram de ouvir que o processo rituado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) era golpe parlamentar e de oposição. Essa conversa não foi aceita pelos grandes jornais do exterior”.
De acordo com o parlamentar, existem três signatários do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “São eles: o professor Hélio Bicudo, jurista, procurador de justiça do Estado de São Paulo, deputado constituinte e fundador do PT, de 91 anos; o professor emérito da USP (Universidade de São Paulo), jurista e ex-ministro da Justiça, autor de diversas obras jurídicas importantes, Miguel Reale Júnior; e a professora titular da Faculdade do Largo São Francisco da USP, além de secretária do ministério da Justiça, Janaína Pascoal”.
Fora os desmandos e os desvios éticos, Camarinha lembrou que o atual governo cometeu crimes e desrespeitou a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) com as popularmente conhecidas “pedaladas fiscais”. “Foram criados créditos e gastos em 2014 (ano eleitoral)”.
Conforme o deputado, em 2015, sem autorização do Congresso Nacional e em flagrante desacordo com a lei fiscal, que proíbe empréstimos e operações financeiras com bancos públicos e privados em casos de déficits, o governo promoveu as pedaladas fiscais escondendo um rombo nos cofres públicos na casa dos R$ 100 bilhões. “E 70% desse volume foi para pagar e negociar com bancos e empresas bilionárias do País a juros subsidiados pelo dinheiro do povo”.
‘Golpe’
Camarinha questionou o verdadeiro “golpe” dado com o auxílio do marqueteiro João Santana, responsável pela campanha da reeleição da presidente Dilma. “Nas eleições presidenciais de 2014, os programas do PT na televisão diziam para a população que estava tudo certo, que o País estava bem no quesito econômico, sem déficit e sem inflação. E aqueles que pregavam o contrário eram pessimistas, fascistas ou contra o Brasil”.
Na cadeia
O parlamentar lembrou que o marqueteiro João Santana e a esposa dele Mônica Moura estão presos em Curitiba e com os saldos bancários – no valor total de R$ 108 milhões – em paraísos fiscais confiscados. “Isso sim foi um golpe, uma injustiça e uma prática desonesta, com a desconstrução e os ataques a adversários políticos aos então presidenciáveis Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB). O PT dizia que eles acabariam com o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida. Também ventilavam que o desemprego iria aumentar bastante”.
Imprensa internacional
Os principais jornais do mundo repercutiram o processo de impeachment da presidente Dilma. Entre eles: Financial Times, The Guardian, New York Times, The Economist, La Nación, El País, The Miami Herald, Der Spiegel e outros.
“Todos estes veículos de comunicação foram expressos, claros e taxativos ao dizerem que o processo de impeachment é conduzido sob a guarda de um Judiciário independente, seguindo o que determina a carta magna”.
O The Economist, um dos jornais de economia mais importantes do mundo, foi contundente em seus editoriais. “O veículo pediu a saída de Dilma de forma categórica com artigo intitulado ‘Hora de ir embora’. O jornal lembrou que a presidente perdeu a credibilidade para governar o Brasil”.