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Eleito, Hugo Motta leva Republicanos à Presidência da Câmara pela 1ª vez

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Eleito presidente da Câmara dos Deputados neste sábado (1º), o paraibano Hugo Motta alçou seu partido, o Republicanos, à presidência da Casa pela primeira vez na história da legenda.

Motta, de 35 anos, recebeu 444 votos dos 513 possíveis, tornando-se o parlamentar mais jovem a assumir o comando da Câmara nos quase 200 anos de história.

Desde a redemocratização, somente seis siglas lideraram a Presidência da Câmara: MDB, PFL (posteriormente DEM e atual União), PT, PP, PSDB e PCdoB.

A candidatura de Motta contou com o apoio de 16 partidos: PL, PT, MDB, PP, Podemos, PCdoB, PV, PDT, PSB, PSDB, Cidadania, Rede, PRD, Solidariedade, PSD e União Brasil.

De família tradicional na política paraibana, Motta está em seu quarto mandato consecutivo como deputado federal. Em 2010, foi o parlamentar eleito mais jovem no pleito.

Motta fez parte da militância política do MDB, partido o qual foi filiado por mais de uma década. Em 2018, no entanto, deixou a sigla para se juntar ao Republicanos, à época chamado de Partido Republicano Brasileiro (PRB).

Na legislatura atual, o Republicanos conta com 44 deputados e quatro senadores.

Como surgiu o partido

Registrado na Justiça Eleitoral como Partido Municipalista Renovador em agosto de 2005, a legenda acatou sugestão de seu presidente de honra à época, o então vice-presidente da República José Alencar, e trocou o nome para Partido Republicano Brasileiro (PRB) em outubro daquele ano.

Em junho de 2006, o partido de orientação conservadora passou a ocupar uma pasta na Esplanada dos Ministérios. Na ocasião, o filósofo Roberto Mangabeira Unger foi nomeado para a chefia da Secretaria de Planejamento de Longo Prazo da Presidência da República.

Apoio ao PT

Na eleição presidencial de 2010, a sigla decidiu apoiar o nome de Dilma Rousseff, do PT, para presidente. Naquele mesmo pleito, o PRB elegeu seu primeiro senador: Marcelo Crivella — atualmente deputado federal pelo partido.

Após a morte de José Alencar, em março de 2011, Marcos Pereira, bispo da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), é eleito presidente da legenda.

Em 2014, o partido integrou a base de apoio à reeleição de Dilma.

Candidato próprio e apoio a Bolsonaro

Em março de 2018, o PRB anunciou o empresário Flávio Rocha, ex-CEO da Riachuelo, como pré-candidato a presidente. A empreitada, que marcou a primeira vez em que a sigla lançou um candidato ao Executivo federal, não durou muito.

Em julho, o PRB divulgou nota anunciando a retirada da pré-candidatura de Rocha. No texto, a legenda justificou ser “fundamental que as forças de centro se unam num único projeto”.

Dias depois, na convenção nacional do partido, o PRB oficializou apoio à candidatura do então deputado federal Jair Bolsonaro, à época filiado ao extinto PSL.

Mudança de nome

Na convenção nacional que reelegeu Marcos Pereira para um terceiro mandato à frente do partido, em 2019, o partido oficializou também a mudança de nome para Republicanos, homologada posteriormente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Coligação com Bolsonaro

No ciclo eleitoral de 2022, o Republicanos integrou a coligação que deu suporte à campanha à reeleição de Bolsonaro, eventualmente derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Apesar do revés ao nível nacional, o Republicanos conseguiu emplacar dois governadores: Tarcísio de Freitas, ex-ministro da Infraestrutura, em São Paulo, e Wanderlei Barbosa, ex-deputado estadual, no Tocantins.

Governo Lula e eleição na Câmara

Já sob a gestão Lula no Palácio do Planalto, o Republicanos recebeu o comando da pasta de Portos e Aeroportos — chefiada pelo deputado federal Silvio Costa Filho desde 2023 — após o presidente promover mudanças na Esplanada dos Ministérios em uma tentativa de obter maior apoio dos partidos de centro no Legislativo.

Na reta final do mandato de Arthur Lira na Presidência da Câmara dos Deputados, em outubro de 2024, o Republicanos oficializou o nome de Hugo Motta para a sucessão do deputado alagoano na Casa.

Com o apoio das maiores bancadas no Parlamento e enfrentando apenas um adversário — o deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) —, Motta venceu a disputa pelo comando da Câmara, que conduzirá ao longo dos próximos dois anos.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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