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Em 1999, Salma Hayek ousou com cardigã felpudo em Cannes; relembre

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1999 foi uma época mais simples? Com celulares mais simples e um estilo descomplicado, a nostalgia da era Y2K tem sido forte, e sua moda não é exceção. O que antes era um visual ousado de tapete vermelho não ficaria deslocado nas ruas hoje — notavelmente, o cardigã “peek-a-boo” que Salma Hayek usou no Festival de Cannes daquele ano.

A atriz, que teve dois filmes estreando em Cannes — a adaptação de Gabriel Garcia Márquez “Ninguém Escreve ao Coronel” e a comédia de fantasia dirigida por Kevin Smith “Dogma” — combinou seu suéter de manga curta azul-bebê (fechado sugestivamente com apenas dois botões e um sutiã aparecendo) com uma saia longa e fluida de cetim em um tom semelhante.

 

Hayek usou o conjunto de duas peças não convencional no baile amfAR em Cannes e complementou com uma clutch prateada e joias extravagantes, optando por um conjunto combinando de brincos, colar e pulseira de safira e diamante. Mais tarde, ela trocou o colar por um pingente em forma de elefante enquanto dançava no palco com Ben Affleck, seu colega de elenco em “Dogma”.

Silhuetas volumosas de cetim tiveram seu momento no festival: Geraldine Chaplin usou uma saia maxi evasê branca com uma blusa de decote em V profundo e um conjunto dramático colar de pérolas, enquanto Catherine Zeta-Jones adotou o visual de rainha do baile com um vestido rosa-claro frente única. Mas Hayek se destacou por ousar combinar a sua com algo inesperadamente casual: um tricô felpudo.

Salma Hayek no Festival de Cannes de 1999
Salma Hayek no Festival de Cannes de 1999 • Kevin Mazur Archive/WireImage

O estilo despreocupado de Hayek também não foi forçado. Mais de 20 anos depois, a atriz revelou que ela mesma havia escolhido o look. “Foi arriscar… Peguei um suéter que era para ser (usado) com algo por baixo — porque só tinha dois botões — e uma saia, e criei meu próprio estilo de moda”, disse Hayek em um vídeo relembrando alguns de seus melhores momentos fashion para a Vogue, que chamou o look de Cannes de uma “combinação chamativa”.

“Mal sabia eu que a Vogue um dia diria que (foi) um dos seus looks icônicos”, acrescentou, explicando como o conjunto foi resultado de sua “criatividade” em uma época em que ela não tinha muitos recursos para se vestir para o tapete vermelho. Naquele ponto de sua carreira, Hayek não era estranha a se preparar para o glamoroso circuito de celebridades. Ela contou à revista de moda que lutou para encontrar designers que lhe fornecessem roupas para suas primeiras aparições no tapete vermelho. “Ninguém achava que uma mexicana ficaria por perto, então por que me dar um vestido?”, disse ela.

Autoestilização inicial

Na época em que Hayek surgiu com seu cardigã arejado e pronto para o tapete vermelho, ela já tinha vários looks inovadores e autoestilizados em seu currículo. No MTV Movie Awards em 1998, ela complementou um simples vestidinho preto com um toque de borboletas pintadas no corpo — uma referência à tendência de tatuagens temporárias da época e uma maneira inteligente de evitar o uso de joias caras, explicou ela à Vogue.

No ano anterior, Hayek optou por uma tiara em sua primeira aparição no Oscar, rebelando-se contra o conselho daqueles que lhe disseram que seria “ridículo”, lembrou ela. “Todo mundo começou a usar tiara depois disso e eu nunca recebi crédito por essa tendência”, disse no vídeo.

Seu cardigã, sem nada por baixo, tornou-se da mesma forma um item retrô básico, popularizado por marcas como a Reformation, que os anuncia combinados com saias de cetim.

Em 2019, Katie Holmes viralizou por seu cardigã e sutiã Khaite igualmente folgados e chiques, enquanto designers como Jacquemus, cujos cardigãs cropped e quase inexistentes têm sido os favoritos de celebridades como Bella Hadid e Hailey Bieber.

Embora Hayek não possa receber todo o crédito por ser pioneira nos cardigãs cropped na década de 1990 — a época viu a personagem de Rose McGowan no filme cult “Jawbreaker” em uma versão roxa, enquanto Drew Barrymore, Christina Aguilera e Mena Suvari os usaram em vários tons — foi uma escolha ousada para Cannes, conhecido por seu código de vestimenta rigoroso. (Esta semana, o festival anunciou uma proibição de nudez, aparentemente visando a tendência de vestidos “nus”, bem como vestidos volumosos, em eventos oficiais).

Embora Hayek agora tenha à sua disposição peças de designer para usar no tapete vermelho, sua combinação criativa para Cannes permanece atemporal. Como toda a moda amada da década, é fácil, divertida — e vem em azul-bebê.

Produzido por Vini Jr., “Clarice Vê Estrelas” será exibido em Cannes

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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