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Marília

Escalada entre potências nucleares: Índia lança operação contra Paquistão

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A Índia lançou uma operação militar contra o Paquistão, em uma grande escalada de tensões entre os dois países vizinhos com armas nucleares.

Os ataques com mísseis na manhã desta quarta-feira (7), no horário local, tiveram como alvo “infraestrutura terrorista” no Paquistão e na Caxemira administrada pelo Paquistão, segundo a Índia.

O Paquistão negou a alegação, afirmando que o ataque feriu principalmente civis – matando pelo menos três pessoas, incluindo uma criança, e ferindo pelo menos uma dúzia.

O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, disse que o país tinha o direito de responder ao que ele descreveu como um “ato de guerra”, acrescentando que “uma resposta adequada está sendo dada”.

“Essas medidas ocorrem na sequência do bárbaro ataque terrorista de Pahalgam, no qual 25 indianos e um cidadão nepalês foram assassinados”, disse o Ministério da Defesa da Índia em um comunicado, referindo-se a um ataque no mês passado a turistas na Caxemira administrada pela Índia.

“Nossas ações foram focadas, comedidas e não escalonadas por natureza. Nenhuma instalação militar paquistanesa foi alvo. A Índia demonstrou considerável contenção na seleção de alvos e no método de execução”, acrescentou o comunicado.

A Índia disse que nove locais no total foram alvos.

Várias fortes explosões foram ouvidas na Caxemira administrada pelo Paquistão, de acordo com um jornalista da CNN.

Os militares do Paquistão disseram que a Índia atacou com mísseis.

“O Paquistão responderá no momento e local que escolher”, disse o porta-voz militar paquistanês Ahmed Sharif Chaudhry à Geo TV. “Esta provocação hedionda não ficará sem resposta”, ele acrescentou.

Fontes militares paquistanesas disseram à CNN que cinco locais foram atingidos em Kotli, Ahmadpur East, Muzaffarabad, Bagh e Muridke.

Três dessas localidades – Kotli, Muzaffarabad e Bagh – ficam na Caxemira administrada pelo Paquistão. Ahmadpur East e Muridke ficam ambas na província de Punjab, dentro do território do Paquistão.

De acordo com a avaliação preliminar dos danos, apenas civis foram afetados pelos ataques, disseram as fontes.

Em resumo, o que se sabe sobre o ataque?

  • Alvos: A Índia afirmou que nove locais no total foram atingidos. O Paquistão afirmou que cinco locais foram atingidos, três deles na Caxemira administrada pelo Paquistão e dois na província paquistanesa de Punjab.
  • Vítimas: Pelo menos três pessoas morreram, informou o Paquistão.
  • O que a Índia disse desde então: “A justiça foi feita”, escreveu o Exército indiano no X em uma breve declaração, a primeira desde o lançamento da operação. “Jai Hind!” (Vitória para a Índia)
  • Resposta do Paquistão: O exército paquistanês afirma ter abatido duas aeronaves da Força Aérea Indiana. A CNN não pôde verificar a alegação de forma independente. O primeiro-ministro paquistanês, Muhammad Shehbaz Sharif, disse que o país “tem todo o direito de dar uma resposta adequada a este ato de guerra imposto pela Índia, e uma resposta adequada está sendo dada”. Um porta-voz militar afirmou que o país “responderá no momento e local de sua escolha”.
  • Ponto crítico: A Caxemira é um dos pontos críticos mais perigosos do mundo e é controlada em parte pela Índia e pelo Paquistão, mas ambos os países a reivindicam integralmente. Os dois países rivais com armas nucleares travaram três guerras pelo território, agora dividido por uma fronteira chamada Linha de Controle (LOC), desde sua independência do Reino Unido, há quase 80 anos.

Grandes potências mundiais, incluindo os Estados Unidos, pediram moderação nas semanas após o ataque aos turistas no mês passado, temendo que um conflito militar entre a Índia e o Paquistão pela Caxemira pudesse se intensificar rapidamente.

Os dois rivais com armas nucleares travaram três guerras pelo território montanhoso que agora é dividido por uma fronteira chamada Linha de Controle (LOC) desde sua independência do Reino Unido há quase 80 anos.

As tensões aumentaram novamente depois que homens armados mataram 26 turistas em Pahalgam, na Caxemira controlada pela Índia, no mês passado, o ataque mais mortal contra civis indianos nos últimos anos.

Os ataques desta quarta-feira são a ação militar mais significativa desde 2019, quando jatos indianos realizaram ofensivas aéreas contra vários alvos dentro do Paquistão, após o país culpar Islamabad por um ataque suicida com carro-bomba que matou pelo menos 40 paramilitares indianos na região.

A Índia acusou o Paquistão de envolvimento no ataque a Pahalgam — uma alegação que Islamabad nega. O Paquistão ofereceu uma investigação neutra sobre o caso.

O massacre provocou imediatamente uma revolta generalizada na Índia e o primeiro-ministro Narendra Modi estava sob tremenda pressão para retaliar com força.

Nos dias seguintes ao ataque a Pahalgam, ambos os países rapidamente reduziram os laços entre si e, desde então, vêm se envolvendo em crescentes hostilidades de retaliação.

A Índia ordenou que seus cidadãos retornassem do Paquistão, fechou uma importante passagem de fronteira e suspendeu seu envolvimento em um tratado crucial de compartilhamento de água que está em vigor desde 1960.

O Paquistão suspendeu o comércio com a Índia e expulsou diplomatas indianos. Afirmou que qualquer tentativa de interromper ou desviar água pertencente ao Paquistão seria considerada um “ato de guerra”.

Nova Déli e Islamabad também demonstravam seu poderio militar, enquanto as tensões aumentavam ao longo da Linha de Comando, com pequenas trocas de tiros na demarcação nos últimos dias. Ambos os lados também fecharam seus espaços aéreos para as companhias aéreas um do outro.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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