O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, nesta quinta (27), que vai dobrar a tarifa mínima imposta a produtos importados da China.
Trump decidiu aumentar para 20% o piso tarifário cobrado dos produtos chineses. Desde o início do mês, já havia uma taxa de, pelo menos, 10%.
O presidente americano afirmou que a medida é necessária para forçar as autoridades chinesas a combater a exportação de insumos químicos usados para fabricar o fentanil, droga que é tratada como epidemia nos Estados Unidos.
No mesmo anúncio, Trump reiterou que, a partir de março, fornecedores do México e do Canadá também serão tarifados.
Os três países são os maiores parceiros comerciais da economia americana. E, juntos, produzem mais de 40% de tudo o que é importado aos Estados Unidos.
O ministro do Comércio da China, Weng Wentao, reagiu ao anúncio dizendo que as tarifas são prejudiciais para os dois lados. E que trabalha para garantir um ambiente de negócios favorável tanto para as empresas americanas quanto para as chinesas.
O aumento da pressão comercial coincidiu com a escalada da tensão militar entre a China continental e Taiwan.
O governo da ilha afirmou nesta quinta-feira (27) que registrou 45 aeronaves e 14 navios operando ao redor do território autônomo só nos últimos dias.
As autoridades, entretanto, confirmaram que não houve qualquer disparo com munição real nas simulações.
“Essa é uma violação escancarada das convenções internacionais. Não é apenas uma ameaça ao espaço aéreo, mas também para a segurança da navegação marítima, criando um alto risco e uma provocação à segurança e à estabilidade regionais.”, disse a porta-voz da presidência de Taiwan, Karen Kuo.
Um porta-voz chinês, por outro lado, afirmou que a movimentação responde a treinamentos de rotina. E acusou Taipé de tentar chamar atenção da comunidade internacional a qualquer custo.
Pequim tem ameaçado cruzar o estreito de Taiwan e tomar à força a ilha, ocupada por separatistas desde o fim da guerra civil de 1949.
A segurança de Taipé depende do apoio militar e logístico dos Estados Unidos. Mas, sob o comando de Trump, a Casa Branca passou a dar sinais contraditórios sobre o conflito. E já não promete mais intervir caso haja uma invasão total contra Taiwan.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br