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Estado de SP registra aumento no número de transplante de órgãos no primeiro trimestre

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O estado de São Paulo apresentou crescimento no número de transplantes realizados no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Segundo a Central de Transplantes de São Paulo, da Secretaria de Estado da Saúde (SES), o maior avanço foi registrado no transplante de pâncreas, que teve um aumento de 136%, passando de 11 para 26 procedimentos.

Outros transplantes também tiveram crescimento expressivo: o de coração aumentou 34% (de 32 para 43), o de rim subiu 16% (de 329 para 406), o de pulmão registrou alta de 12% (de 25 para 28) e o de fígado cresceu 9% (de 127 para 139).

Para este ano, o Governo de São Paulo desenvolve ações como capacitações e treinamento de profissionais de saúde, para incentivar a doação de órgãos e tecidos no estado.

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“Em 2024, as taxas de recusa à doação de órgãos aumentaram cerca de 10%, impactando diretamente na fila de espera, por isso, estamos trabalhando para sensibilizar e criar uma cultura de doação de órgãos, com o objetivo de salvar mais vidas”, coordenador da Central de Transplantes, Francisco de Assis Monteiro.

Parcerias e campanhas

Entre as ações já tomadas estão o programa TransplantAR – Aviação Solidária, que utiliza aeronaves privadas para o transporte gratuito de órgãos destinados a transplantes, dando agilidade na logística de captação de órgãos e aumentando a chance de sucesso nos procedimentos. E o Poupatempo, onde o paciente na fila de espera por um transplante de órgão ou tecido, consegue acessar a posição na fila por meio do aplicativo, disponível para celulares com sistema operacional Android e IOS.

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A Secretaria de Estado da Saúde (SES) aumentou em 80% os valores pagos pela Tabela SUS Paulista para sete procedimentos relacionados à captação de órgãos para transplantes. Entre os procedimentos contemplados estão a topoplastia de transplante de córnea, cuja remuneração passou de R$ 965 para R$ 2.973,59. Já o procedimento de transplante cutâneo saltou de R$ 1.297,01 para R$ 4.215,28. A remuneração para o deslocamento de equipe profissional para retirada de órgãos passou de R$ 900 para R$ 1.620.

No Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), foi inaugurado o Centro de Transplantes de Medula Óssea, que permite que o hospital passe a realizar este tipo de transplante. O investimento do Governo de São Paulo no equipamento foi de R$ 7,5 milhões. Por meio da iniciativa é possível realizar, aproximadamente, 100 transplantes por ano, sem a necessidade de deslocamento para outra unidade de atendimento.

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Com ações nos meios de comunicação, a campanha institucional #EuSouDoador, do Governo de São Paulo, incentivou o diálogo familiar sobre a doação de órgãos, estimulando a conscientização e o engajamento da população. Veja o video:

Como funciona a doação

A Central de Transplantes segue normas estabelecidas por lei para identificar os possíveis receptores para cada órgão de um doador, ou seja, tipagem sanguínea, dados antropométricos entre doador e receptor, compatibilidade genética, além da priorização para pacientes em estado grave.

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Quanto aos pacientes que precisam do transplante, cabe à equipe de transplante a sua inscrição junto ao Sistema Estadual de Transplantes de São Paulo, responsável por realizar a gestão de todo o processo de doação e transplante em conjunto com o Sistema Nacional de Transplantes.

Como funciona a fila de transplante em São Paulo?

Compete ao Sistema Estadual de Transplantes (central de transplantes) realizar a gestão do cadastro técnico dos potenciais receptores que aguardam por um transplante no estado de São Paulo. Todo paciente que necessita de um transplante, deverá ser inscrito neste cadastro por uma equipe transplantadora que realizará todo o seu acompanhamento durante o pré-transplante como também após o procedimento.

Além disso, a central estadual de transplantes realiza a distribuição dos órgãos de todos os doadores viabilizados, seguindo critérios técnicos definidos por lei para gerar a seleção dos potenciais receptores aptos a receber o transplante. Alguns destes critérios consideram: igualdade do grupo sanguíneo ABO seguido de compatibilidade; o tempo de inscrição do receptor (classificação por ordem cronológica de inscrição); relação antropométricas (como peso e altura) entre doador e receptor e, para casos graves, com risco eminente de morte, situações de priorização.

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A legislação estabelece vários critérios para priorizar o paciente que estiver mais grave, por exemplo, no caso do coração, uma pessoa que tem dificuldade de andar, fica cansado, precisa tomar medicamento na veia 24 horas por dia, necessitando estar internada para a administração deste medicamento, para ajudar o coração a bater mais forte, está elegível ao critério de priorização – essa pessoa é mais grave do que aquela que está esperando em casa.

A equipe técnica responsável pelo paciente submete à central de transplante toda documentação que comprove o estado de gravidade do potencial receptor, para que este caso seja avaliado pela câmara técnica, que é um colegiado formado por médicos das principais equipes transplantadoras que vão avaliar a situação. Naqueles casos cujo transplante ocorreu sob priorização, o prontuário do paciente é auditado após o transplante.

É importante lembrar que cada estado possui a sua própria lista de espera e nenhum paciente pode estar inscrito em duas listas de estados diferentes.

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Todas as medidas são adotadas para evitar qualquer tipo de fraude. E os critérios de desempate entre os pacientes são diferentes de acordo com o tipo de órgão ou tecido. Já as crianças e os adolescentes até 18 anos têm prioridade quando o doador tem a mesma faixa etária ou quando estão concorrendo com adultos.

Fonte: www.agenciasp.sp.gov.br

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