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EUA admitem que deportaram homem por engano para prisão em El Salvador

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O governo Trump admitiu em um processo judicial na segunda-feira (31) que deportou por engano um pai de família de Maryland para El Salvador “devido a um erro administrativo” e argumentou que não poderia devolvê-lo porque ele agora está sob custódia salvadorenha.

O processo decorre de um processo sobre a remoção de Kilmar Armando Abrego Garcia, um cidadão salvadorenho que em 2019 recebeu status de protegido por um juiz de imigração, proibindo o governo federal de enviá-lo para El Salvador.

Relatado pela primeira vez pela revista The Atlantic, o processo parece marcar a primeira vez que o governo admitiu um erro relacionado aos seus recentes voos de deportação para El Salvador, que agora estão no centro de uma batalha jurídica acirrada.

“Em 15 de março, embora o ICE [Imigração e Alfândega dos EUA] estivesse ciente de sua proteção contra remoção para El Salvador, Abrego Garcia foi removido para El Salvador devido a um erro administrativo”, afirma o processo do governo Trump.

O homem, que os advogados dizem ter fugido da violência de gangues em El Salvador há mais de uma década, foi identificado por sua esposa em uma foto de detentos entrando na admissão na notória mega-prisão CECOT de El Salvador.

Antes da remoção, ele foi preso pelo ICE em meados de março “devido ao seu papel proeminente na MS-13”, segundo declaração judicial de um alto funcionário do Departamento.

A defesa alega que o homem não é membro nem tem nenhum vínculo com a gangue MS-13.

“Abrego Garcia não estava no manifesto inicial do voo do Título 8 a ser removido para El Salvador”, declarou Robert Cerna, diretor interino do escritório de campo do ICE, referindo-se à lei federal de imigração. “Em vez disso, ele era um suplente. Como outros foram removidos do voo por vários motivos, ele subiu na lista sendo designado para o voo. O manifesto não indicava que Abrego Garcia não deveria ser removido.”

O comunicado continuou afirmando que, “por erro administrativo, Abrego-Garcia foi removido dos Estados Unidos para El Salvador. Isso foi um descuido, e a remoção foi realizada de boa-fé com base na existência de uma ordem final de remoção e na suposta filiação de Abrego-Garcia à MS-13”.

A administração argumentou que não pode trazê-lo de volta porque ele está sob custódia salvadorenha e desfez preocupações de que ele será provavelmente torturado ou morto na CECOT.

 

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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