A Universidade de Columbia informou na quinta-feira (13) que havia distribuído uma série de punições a estudantes que ocuparam um prédio do campus no ano passado durante protestos pró-Palestina.
O anúncio veio uma semana depois que o governo do presidente Donald Trump anunciou que havia cancelado US$ 400 milhões em bolsas e contratos federais em resposta ao que disse ser a resposta ruim da escola da Ivy League ao antissemitismo no campus.
A presidente interina da Universidade de Columbia, Katrina Armstrong, chamou as preocupações da administração de legítimas e comentou que a instituição estava trabalhando com o governo para lidar com elas.
Protestos no campus e contraprotestos pró-Israel geraram alegações de antissemitismo, islamofobia e racismo.
A universidade comunicou em uma declaração na quinta-feira (13) que o “conselho judicial determinou descobertas e emitiu sanções a estudantes que variam de suspensões de vários anos, revogações temporárias de diplomas e expulsões relacionadas à ocupação do Hamilton Hall na primavera passada”.
O conselho judicial da universidade é composto por alunos, professores e funcionários selecionados pelo Senado da universidade.
A universidade, citando restrições legais de privacidade, não divulgou os nomes dos alunos que foram disciplinados, nem declarou quantos alunos enfrentaram punições, das quais os alunos podem apelar.
O sindicato que representa os trabalhadores estudantis de Columbia, “UAW Local 2710”, comunicou em uma declaração por escrito que seu presidente, Grant Miner, estava entre os alunos expulsos, apenas um dia antes do início das negociações do contrato com a universidade, uma ação que o sindicato chamou de “o mais recente ataque aos direitos da Primeira Emenda…”
Um porta-voz da universidade falou que não tinha comentários sobre a declaração do sindicato.
Columbia foi o epicentro dos protestos anti-Israel que atingiram vários campi universitários dos EUA.
As manifestações começaram após o ataque do Hamas a Israel em outubro de 2023 e o subsequente ataque israelense apoiado pelos EUA a Gaza.
Os manifestantes exigiram que as dotações da universidade se desfizessem dos interesses israelenses e que os Estados Unidos encerrassem a assistência militar a Israel, entre outras demandas.
O governo Trump prometeu uma repressão severa ao que rotula como manifestantes pró-Hamas.
No fim de semana, agentes federais de imigração detiveram o estudante de Columbia Mahmoud Khalil, um líder dos protestos do campus do ano passado que a administração busca deportar.
A administração comentou que sua detenção foi a primeira de muitas que espera realizar.
A deportação de Khalil foi temporariamente bloqueada por um juiz federal.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br