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evento destaca liderança feminina em projetos ambientais

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O Governo de São Paulo promoveu nesta quinta-feira (27) o evento “Mulheres na Ciência – O Futuro da Sustentabilidade Ambiental”. O encontro, realizado na capital, reuniu pesquisadoras, representantes dos setores público e privado, universidades e do agronegócio, proporcionando um ambiente de troca de experiências e debates sobre as inovações e os desafios enfrentados na busca pela sustentabilidade ambiental.

A iniciativa foi do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil), em parceria com a Ambipar.

O IPA tem se destacado pela presença feminina em seus projetos de pesquisa, especialmente na área de sustentabilidade. Atualmente, a instituição está conduzindo 88 projetos, dos quais 47 (53%) são liderados por mulheres e 41 (47%) por homens. Além disso, o IPA desenvolve 38 projetos mistos, coordenados por pesquisadores externos com a colaboração da equipe técnica do Instituto, sendo 18 (47%) desses projetos envolvendo mulheres pesquisadoras.

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A abertura do evento “Mulheres na Ciência” foi conduzida pela secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, Natália Resende, que ressaltou o Finaclima-SP, um mecanismo financeiro climático criado pelo Governo de SP com o objetivo de tornar o mercado mais atrativo, reduzir a burocracia e oferecer maior previsibilidade para o financiamento de iniciativas ambientais.

Destinado a viabilizar projetos, como o do reflorestamento, por exemplo, o mecanismo visa promover um ambiente mais favorável ao desenvolvimento sustentável. “Hoje, nosso compromisso com o meio ambiente se traduz em ações concretas que promovem a justiça climática e incentivam o mercado a investir em iniciativas de reflorestamento e recuperação ambiental. O Finaclima-SP é a prova de que, com menos burocracia e mais previsibilidade, podemos transformar desafios em oportunidades”, destacou a secretária.

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‘Mulheres na Ciência’ apresenta projetos inovadores

Durante a roda de conversa, foram apresentados diversos projetos inovadores. Marisa Domingos, pesquisadora do IPA, detalhou o estudo “Árvores do Futuro”, que identifica as espécies mais resilientes às mudanças climáticas na Grande São Paulo. “Nossa pesquisa tem como objetivo mapear as árvores que melhor se adaptam às variações climáticas, contribuindo para a preservação dos ecossistemas urbanos e orientando políticas de reflorestamento sustentável”, explicou Marisa.

Em seguida, Mutue Toyota Fuji, pesquisadora do IPA e responsável pelo projeto “Bioprotetor Solar”, destacou no evento “Mulheres na Ciência” a importância das soluções naturais na proteção contra os raios UV. “A partir de um estudo com macroalgas marinhas, estamos desenvolvendo um bioprotetor solar natural que combina tecnologia e natureza, oferecendo uma alternativa ecológica à proteção convencional”, explicou Mutue.

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Na sequência, Claudia Varnier, pesquisadora do Instituto, abordou o tema “Contaminação de Aquíferos” e enfatizou a urgência de ações para garantir a qualidade da água. “Nosso estudo busca identificar e implementar medidas que possam reverter a degradação dos aquíferos, assegurando esse recurso vital para a população e para o equilíbrio ambiental”, pontuou.

Durante sua exposição sobre os “Desafios da Adaptação à Emergência Climática”, Gabriela Marques Di Giulio, professora da USP e integrante da comissão científica do Programa Biota Fapesp, destacou a necessidade de uma articulação entre ciência, política e sociedade. “A integração desses setores é essencial para adaptar nossas infraestruturas e espaços urbanos aos impactos das mudanças climáticas, promovendo resiliência e segurança para as nossas comunidades”, ressaltou.

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No segmento sobre “Crédito de Carbono”, Soraya Dias Pires, CEO de Descarbonização da Ambipar, enfatizou o papel desse mecanismo na transformação ambiental. “O crédito de carbono não é apenas uma ferramenta financeira, mas também um compromisso real com a redução das emissões e a construção de um futuro mais limpo e sustentável”, declarou Soraya.

Já Maria Teresa Abdo, pesquisadora da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, apresentou no evento “Mulheres na Ciência” os “Arranjos Produtivos Sustentáveis” e destacou a importância dos mecanismos de incentivo aos produtores rurais. “Ao estimular práticas de restauração florestal e oferecer recompensas aos produtores, contribuímos tanto para a segurança alimentar quanto para a preservação dos recursos naturais”, comentou Maria Teresa.

O coordenador do IPA, Marco Aurélio Nalon, destacou a importância de eventos como este para fortalecer a participação feminina na ciência e na tomada de decisões ambientais. “Esta iniciativa reafirma nosso compromisso com a inovação e o empoderamento das mulheres. Ao reunir diferentes setores, mostramos que o conhecimento colaborativo é essencial para enfrentar os desafios ambientais do nosso tempo”, afirmou Marco Aurélio.

Fonte: www.agenciasp.sp.gov.br

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