Em decisão anunciada nesta sexta-feira (21), o governo dos Estados Unidos proibiu a ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner de entrar em território norte-americano. A medida foi motivada pelo que Washington chamou de “envolvimento em corrupção significativa”.
Comunicado publicado pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, informa que a decisão também atinge o ex-ministro do Planejamento da Argentina Julio Miguel De Vido.
Rubio acrescentou que Cristina e Vido “abusaram de suas posições ao orquestrar e se beneficiar financeiramente de vários esquemas de suborno envolvendo contratos de obras públicas, resultando em milhões de dólares roubados do governo argentino”.
O secretário acrescentou que eles minaram “a confiança do povo argentino e dos investidores no futuro da Argentina”.
Ainda de acordo com o comunicado, familiares imediatos de Cristina e do ex-ministro também estão inelegíveis para entrada nos Estados Unidos.
Cristina Kirchner foi presidente da Argentina por dois mandatos, entre 2007 e 2011 e de 2011 a 2015. Em 2007, ela assumiu a Casa Rosada após o fim da gestão de seu marido, o já falecido Néstor Kirchner.
Entre 2019 e 2023, Cristina ocupou a vice-presidência da Argentina durante o mandato de Alberto Fernández.
A ex-presidente perdeu popularidade nos últimos anos à medida que seus desafios legais aumentavam. No fim do ano passado, um tribunal confirmou sua condenação por distribuir contratos estaduais a um amigo, recebendo uma sentença de seis anos de prisão e uma proibição vitalícia de exercer cargos.
Kirchner negou irregularidades e era esperado que levasse o caso à Suprema Corte do país.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br