A recente formalização da federação entre o União Brasil e o Progressistas (PP) marca um importante passo na redução do pluripartidarismo no Brasil. O senador Efraim Filho, líder do União Brasil no Senado, compartilhou sua visão sobre este movimento político durante uma participação no programa WW desta terça-feira (29).
Segundo Efraim Filho, a criação desta federação “dialoga com aquilo que é uma demanda da sociedade”. O senador ressaltou que “há muito tempo a própria imprensa brasileira, especialmente a nossa sociedade, cobra a redução do pluripartidarismo, a redução do número de partidos”.
O parlamentar lembrou que o Brasil chegou a ter 33 partidos políticos registrados, um número que vem diminuindo gradualmente. “Hoje, já no espectro menor, se começa a gerar uma identidade maior em termos de ideologia e diálogo com a população”, afirmou.
Fusões e federações: o novo cenário político
Efraim Filho destacou o histórico recente de fusões partidárias, citando a união entre o Democratas e o PSL, que resultou na criação do União Brasil. Agora, com a federação entre o União Brasil e o PP, o movimento de consolidação partidária ganha mais força.
O senador reconheceu que este processo pode gerar “resistências internas nos estados” entre os políticos. No entanto, ele argumentou que, apesar de manter os partidos separados poder ser “mais cômodo” para a classe política, a consolidação é “o mais eficiente hoje nesse cenário”.
Posicionamento político e governabilidade
Quanto ao posicionamento político da nova federação em relação ao governo atual, Efraim Filho indicou que existem diferentes correntes dentro dos partidos. Ele mencionou o senador Davi Alcolumbre como alguém “muito próximo desse diálogo”, enquanto o senador Ciro Nogueira, presidente do PP, mantém “uma postura mais oposicionista”.
Para 2025, o senador enfatizou que a “palavra de ordem” será “governabilidade”. Ele destacou a importância de “votar projetos que são importantes, principalmente na seara econômica” e afirmou que “não é hora de pensar em atrapalhar uma agenda de um país que quer retomar o rumo do crescimento”.
Sobre alianças políticas futuras, Efraim Filho indicou que essas discussões ficarão para 2026. Ele mencionou o lançamento da pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, cuja missão será “andar o Brasil e se viabilizar”. O senador concluiu afirmando que “discussão sobre candidatura própria ou alianças políticas fica para 2026”.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br