Militares israelenses afirmaram neste sábado (12) ter concluído o cerco da cidade de Rafah, em Gaza. A ação faz parte de um plano anunciado para tomar mais áreas do enclave, acompanhado de retiradas em larga escala da população.
Os militares emitiram repetidos alertas de desocupação para milhares de palestinos em Rafah desde que retomaram as operações em Gaza em 18 de março, forçando-os a se alojarem em um espaço cada vez menor, limitado pelo mar.
Israel disse em 2 de abril que as tropas começaram a tomar uma área chamada Eixo Morag, uma referência a um antigo assentamento israelense localizado entre as cidades de Rafah e Khan Younis, no sul de Gaza.
Milhares de palestinos fugiram de Rafah, uma área de 60 quilômetros quadrados que faz fronteira com o Egito ao sul.
“Nas últimas 24 horas, as tropas da 36ª Divisão concluíram o estabelecimento da rota Morag, separando Rafah e Khan Younis”, disseram os militares no sábado.
A ofensiva israelense em Gaza foi lançada depois que o grupo militante palestino Hamas atacou o sul de Israel em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo 251 reféns, de acordo com contagens israelenses.
Mais de 50 mil palestinos foram mortos na ofensiva desde então, de acordo com autoridades de saúde no enclave controlado pelo Hamas. A maior parte da população foi deslocada e grande parte de Gaza está em ruínas.
Israel reiniciou a ofensiva em março, após efetivamente abandonar o cessar-fogo em vigor desde janeiro. A campanha continuará, afirma, até que os 59 reféns restantes sejam libertados e o Hamas seja expulso de Gaza .
O Hamas afirma que libertará reféns apenas como parte de um acordo que ponha fim à guerra e rejeitou as exigências para depor as armas. Uma delegação do Hamas era esperada no Cairo no fim de semana para discutir novas propostas de trégua, de acordo com uma fonte do grupo.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br