O jogador do Corinthians, Rodrigo Garro, poderá voltar ao Brasil para se reapresentar ao clube apesar do acidente com morte que ele se envolveu no interior da Argentina, na madrugada deste sábado (4).
O procurador-geral da província argentina de La Pampa, Armando Agüero, explicou à CNN que, na teoria, ele poderia pedir que o atleta permaneça no país até que o caso seja resolvido.
A decisão ficaria a cargo do juiz na audiência que o atleta terá neste domingo (5).
No entanto, Agüero explicou que “a questão trabalhista” é levada em consideração, e a promotoria não vai pedir que o atleta fique na Argentina.
Garro defende o Corinthians desde janeiro de 2024 e, assim como os outros jogadores do clube, deverá se reapresentar das férias no CT Joaquim Grava, em São Paulo, na terça-feira (7).
“Não é necessário impedi-lo de sair do país para avançar com a investigação”, afirmou o procurador à CNN.
“Ele pode oferecer garantias de se apresentar todas as vezes que solicitarmos. Se ele não vier, podemos ordenar sua prisão”, acrescentou.
Acidente deixou motociclista morto
O acidente aconteceu durante a madrugada no cruzamento das ruas 300 e 108 de General Pico, cidade natal do jogador corintiano, a cerca de 600 km de Buenos Aires.
Garro dirigia uma caminhonete Dodge RAM quando colidiu com a moto de Nicolás Chiaraviglio, de 30 anos. O motociclista morreu no local do acidente.
À CNN, o procurador Agüero relatou que Garro testou positivo no bafômetro, com um resultado de 0,5 gramas de álcool por litro de sangue. Na província de La Pampa, a tolerância de álcool para dirigir é zero. O procurador-geral afirmou que Garro foi preso preventivamente, mas já está em liberdade.
Ele explicou que não houve necessidade do jogador permanecer detido por não demonstrar intenção de fugir, por ser morador da cidade em que o acidente aconteceu e por ter mantido contato com as autoridades desde então.
“Além disso, ele está sem veículo. Foi apreendido”, disse Agüero.
O procurador também confirmou à CNN que o motociclista portava drogas, estava sem capacete e a moto com faróis irregulares. “Ele levava cocaína, mas não [foi detectada] no sangue”, relatou.
Garro agora aguarda a acusação formal por parte do Ministério Público, o que acontecerá ainda neste sábado.
O procurador-geral revelou à CNN que o argentino será acusado de “homicídio culposo agravado por alcoolemia igual ou superior a 500 mg”.
Garro deve passar por uma audiência com um juiz neste domingo (5), mas, segundo o procurador, não será preso novamente, devendo somente permanecer proibido de dirigir.
Uma eventual prisão somente aconteceria ao final do julgamento, se considerado culpado na sentença do juiz.
O procurador relatou que o crime de homicídio culposo agravado por alcoolemia pode resultar de três a seis anos de prisão, de acordo com o Código Penal argentino.
Corinthians acompanha o caso
O Corinthians publicou uma nota, por volta de 11h30 deste sábado, afirmando que “Garro prestou os primeiros depoimentos, foi liberado e já está em sua casa”.
“O executivo de futebol, Fabinho Soldado, e o diretor de negócios jurídicos, Vinicius Cascone, fizeram contato com os advogados e familiares do atleta e manterão contato para mais informações”, acrescentou o clube.
“O clube acompanha as investigações e aguardará a conclusão delas para voltar a falar sobre o caso. O Corinthians presta solidariedade à vítima e aos seus familiares”, concluiu.
O jogador desativou as redes sociais.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br