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Abrigo recebe famílias venezuelanas e oferece atendimento psicossocial, acolhimento humanizado e apoio pedagógico
Localizado no bairro Coroado, zona leste de Manaus, o Serviço de Acolhimento Institucional para Adultos e Famílias (Saiaf) Coroado oferece apoio a migrantes venezuelanos em situação de vulnerabilidade social. O local é administrado pela Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas).
O objetivo é oferecer acolhimento e assistência humanizada para indivíduos em trânsito na capital amazonense, além garantir dignidade e apoio para a reconstrução de suas vidas no Brasil, promovendo a inclusão e o respeito aos direitos humanos.
O espaço oferece alimentação, atendimento psicossocial, acolhimento humanizado e apoio pedagógico para os abrigados que ocupam os 38 dormitórios do local. Além disso, os acolhidos são direcionados aos órgãos competentes para tirar documentação e também encaminhados ao mercado de trabalho.
A diretora do abrigo, Célia Ferreira, destaca que o objetivo do Governo do Amazonas, por meio do Saiaf Coroado, é estimular a independência dessas pessoas.
“Além de garantirmos os direitos deles, também trabalhamos para que todos saiam daqui preparados para a vida lá fora, com documentação e um trabalho. Além disso, temos uma rotina de atividades que visam o fortalecimento de laços das famílias e aulas de português para todas as idades”, disse.
O respeito à cultura e tradições da Venezuela também são respeitadas no abrigo, seja na comemoração de datas típicas ou no preparo de alguma refeição.
“Levamos em consideração, por exemplo, a forma de se alimentar deles. Nossa nutricionista estudou os costumes e pratos típicos do país e elaborou um cardápio para que eles tivessem uma melhor experiência aqui. São famílias que estão longe de casa e a comida é uma forma de cuidar e manter viva a memória deles”, explicou.
O Saiaf possui, ainda, uma espécie de loja, onde as pessoas podem escolher roupas e calçados para uso próprio assim que chegam ao abrigo. Além disso, incentivam o uso consciente do dinheiro por meio do ‘La Bodega’, em que trocam o “dinheiro Coroado” por brinquedos, produtos de higiene, roupas e calçados.
O abrigo conta com diversos serviços de apoio, entre eles a Agência da ONU para Refugiados (Acnur), Cruz Vermelha, Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Organização Internacional para as Migrações (OIM).