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Guerra dos bonés revela pobreza do atual debate político, diz Eduardo Grin

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Desde o início dos trabalhos legislativos, em 1º de fevereiro, um acessório chama atenção no debate político brasileiro. Isso porque parlamentares adotaram o uso de bonés para a troca de farpas.

No Congresso Nacional, parlamentares da base adotaram o boné azul com a frase: “o Brasil é dos brasileiros”. A oposição utilizou as cores verde e amarelo, com o texto: “comida barata novamente, Bolsonaro 2026”.

Em entrevista à CNN neste domingo (9), o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) e cientista político, Eduardo Grin, criticou essa forma de manifestação e crítica. De acordo com ele, a guerra dos bonés “revela muito da pobreza do debate na política brasileira”.

“O que nós temos, hoje, é, na política em geral e também no Brasil, neste caso, uma grande disputa midiática, porque, hoje em dia, o debate sobre ideias, programas, projetos, acabou muito pobre e mediado por símbolos que são rapidamente consumidos pelas redes sociais”, afirmou.

De acordo com ele, a lógica dos bonés parece algo que tem “durabilidade pequena”.

“Se o governo Lula resolver, de fato, entrar num processo de construção de um movimento mais consistente, talvez fizesse sentido a gente pensar que um boné é um instrumento de uma política mais sistemática e organizada de comunicação, mas, como tal, me parece um argumento e instrumento um pouco pobre”, completou.

Utilizados há muito tempo em campanhas eleitorais, os acessórios ganharam força na eleição municipal em São Paulo e também na presidencial dos Estados Unidos.

Em São Paulo, o empresário Pablo Marçal (PRTB), que foi candidato na disputa, chegou a ser impedido de utilizar o item durante debates. Nos EUA, Donald Trump adotou, novamente, o uso do acessório vermelho com o slogan: “Make America Great Once Again”.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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