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Marília

Haitianos, o drama de um povo sem rosto

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por Marco Zaparolli
Zap Noticias/Portal Mariliense

Eles foram explorados ao longo dos séculos pelo imperialismo predatório que assaltou suas riquezas, destruiu suas florestas e saturou seus recursos naturais. Foram dizimados pelas tempestades tropicais, aniquilados por terremotos que provocaram fendas gigantes na terra, matando centenas de milhares de inocentes. Submeteram-se a todo tipo de sofrimento e abandono. Foram privados de viver. Por fim, tornaram-se um povo sem rosto, sem identidade, sem pátria. Como consequência de uma história de devastação, acabaram por perder-se a si mesmos, tornando-se errantes pela América Latina e Central. Sem ter para onde ir, seguindo seu próprio destino de incertezas, como era no principio, agora e quem sabe, ao fim, encontraram em terras brasileiras, a mãe pátria que nunca houveram ter tido. Assim, aos milhares, homens, mulheres, jovens, adultos, crianças, idosos, que tem em comum a alma flagelada pela dor do abandono, vieram buscar no Brasil, o acolhimento da alma generosa do brasileiro, da alma fraterna do brasileiro, do coração sem limites do brasileiro. Vieram de muito longe, alguns ficaram pelo caminho, outros seguiram em frente e chegam já sem força, quase que ajoelhados, pedindo não pão nem água, mas uma chance de mostrar que podem e devem ser chamados de “irmãos”. Que o Brasil, pátria da caridade, os acolha, cuide deles, os torne brasileiros tal qual cada um de nós. O sangue do haitiano seja verde e amarelo. E recebam nosso abraço amigo. Por que tal qual os haitianos, os brasileiros também tem na sua raiz histórica, o flagelo da escravidão, a mesma luta pela liberdade e o sonho de um futuro melhor.

foto : boston.com

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