A juíza federal dos Estados Unidos Landya McCafferty suspendeu a decisão da Casa Branca que retirava o financiamento de instituições de ensino que implementassem políticas de diversidade.
A determinação atingia, principalmente, escolas do ensino básico, comandadas pelos estados americanos, mas que recebem fundos da União.
A magistrada afirmou que a prática provavelmente constitui uma violação da primeira emenda da constituição, que garante a liberdade de expressão.
A ordem não proíbe o congelamento dos repasses em todo o país, mas impede que ela entre em vigor em escolas e faculdades que empreguem professores associados ao principal sindicato da categoria, responsável pela ação.
A suspensão dos repasses é a principal maneira que Donald Trump adotou para pressionar, também, as universidades americanas a abandonarem qualquer política de diversidade.
Em outro processo, a universidade de Harvard pede que a justiça obrigue o governo a liberar US$ 2 bi previstos para o fomento científico.
A Casa Branca, por outro lado, afirma que a instituição foi leniente com manifestações antissemitas e que por isso barrou os recursos.
As principais universidades americanas — chamadas de Ivy League — são privadas, mas contam com o apoio financeiro do governo para manter pesquisas de ponta. Sem esse dinheiro, Harvard afirma que não teria sido capaz de encontrar formas de baratear o sequenciamento genético, por exemplo.
No processo, Harvard argumenta que o governo estaria segurando os recursos como forma de controlar a pesquisa científica produzida na universidade, o que seria inconstitucional.
Nesta quinta-feira (24), Trump retomou os ataques contra a universidade, afirmando que Harvard é antissemita e de extrema esquerda. “O lugar é uma bagunça liberal” e uma “uma ameaça à democracia”, escreveu Trump numa rede social.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br