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Igreja na Síria celebra primeira missa de Natal após queda de Bashar al-Assad

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Cristãos da Síria compareceram à missa de Natal em uma das igrejas mais antigas do país, a Igreja da Senhora de Damasco, nesta quarta-feira (25).

Essa foi a primeira missa desde a queda de Bashar al-Assad, no que pode ser visto como um teste decisivo das promessas dos novos governantes islâmicos do país de proteger os direitos das minorias religiosas

O culto matinal ocorreu sem problemas, com coros de hinos enchendo a igreja histórica.

O líder dos rebeldes, Abu Mohammed al-Jolani, disse aos cristãos e outros grupos que eles estarão seguros em uma Síria administrada por seu grupo, o Hayat Tahrir al-Sham (HTS), um antigo afiliado da Al Qaeda.

No entanto, incidentes recentes em todo o país deixaram a minoria cristã cética sobre as declarações de al-Sharaa.

Horas antes de um culto de véspera de Natal na terça-feira (24), centenas de manifestantes em Damasco se reuniram para denunciar a queima de uma árvore de Natal na zona rural do norte de Hama, no centro-oeste da Síria.

Em 18 de dezembro, homens armados não identificados abriram fogo contra uma igreja ortodoxa grega na cidade de Hama, entrando no complexo, tentando destruir uma cruz e quebrando lápides em um cemitério, disse a Igreja Ortodoxa Síria em um comunicado.

Entenda o conflito na Síria

O regime da família Assad foi derrubado na Síria no dia 8 de dezembro, após 50 anos no poder, quando grupos rebeldes tomaram a capital Damasco.

O presidente Bashar al-Assad fugiu do país e está em Moscou após ter conseguido asilo, segundo uma fonte na Rússia.A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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