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Ipaam registra queda de 16,65% no desmatamento e 72,72% nos focos de calor no Amazonas

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Os dados se referem ao período de 1º a 30 de abril de 2025, em comparação ao mesmo período de 2024

Entre os dias 1º e 30 de abril de 2025, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) registrou uma redução de 16,65% na área desmatada no estado. Foram 8.860 hectares neste ano e 10.630 hectares, no mesmo período, no ano passado.

O número de alertas de desmatamento apresentou queda de 37,59% em abril deste ano, com 1.512 registros, frente aos 2.423 contabilizados no mesmo mês de 2024. A redução mais expressiva, no entanto, foi nos focos de calor, que caíram 72,72%, passando de 33 ocorrências em abril do ano passado para apenas 9 neste ano.

O diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço, atribuiu os resultados ao aprimoramento das ações de vigilância ambiental. “Temos intensificado o uso de tecnologias que nos permitem acompanhar, quase em tempo real, o que acontece com a cobertura florestal no Amazonas. Essa capacidade de resposta rápida é um diferencial no enfrentamento aos crimes ambientais”, destacou.

O gestor também reforçou que a atuação conjunta entre diferentes instituições tem sido fundamental. “A cooperação entre os entes ambientais e Forças de Segurança fortalece a prevenção e o combate ao desmatamento ilegal em todo o estado”, afirmou.

A coordenadora do Centro de Monitoramento Ambiental e Áreas Protegidas (CMAAP) do Ipaam, Priscila Carvalho, explicou que os dados sobre focos de calor precisam ser analisados com cautela. “Nem sempre um foco representa uma queimada criminosa. Pode ser consequência de processos naturais ou até mesmo de queimadas autorizadas e controladas, previstas na legislação. Por isso, fazemos uma análise criteriosa antes de qualquer medida punitiva”, afirmou.

Números

Entre os dias 1º e 30 de abril de 2025, os municípios com maior área desmatada no Amazonas foram Apuí, com 3.041 hectares; Lábrea, com 1.402 hectares; e Maués, com 1.389 hectares (a 453, 702 e 276 quilômetros de Manaus, respectivamente).

Em relação aos focos de calor, os maiores registros foram em Autazes e Iranduba, com duas ocorrências cada, seguidos por Canutama, com apenas uma (respectivamente, a 113, 27 e 619 quilômetros da capital).

Infrações e multas

O desmatamento ilegal, conforme o Decreto Federal nº 6.514/2008, pode resultar em multas de R$ 5 mil por hectare ou fração da área afetada. Esse valor pode ser dobrado em caso de uso de fogo ou incêndios ilegais. Além disso, as áreas desmatadas podem ser embargadas e os equipamentos utilizados na prática ilegal podem ser apreendidos.

E as queimadas não autorizadas em áreas agrícolas, destinadas à renovação de pastagens ou cultivo, também são passíveis de autuação, com multas de R$ 3 mil por hectare, conforme o mesmo decreto.

Denúncias

Em caso de denúncia, o Ipaam disponibiliza o contato da Gerência de Fiscalização Ambiental (Gefa) pelo WhatsApp: (92) 98557-9454. As ações de fiscalização ambiental seguem sendo intensificadas para coibir práticas irregulares e assegurar a conservação da fauna amazônica.

O Instituto reforça que as operações continuarão em diversas regiões do Amazonas, com foco no combate a atividades ilegais que coloquem em risco o equilíbrio ambiental. A integração entre os órgãos de fiscalização e as forças de segurança pública permanece como pilar estratégico para a efetividade das medidas de proteção.


Fonte: www.agenciaamazonas.am.gov.br

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