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Irã diz que mudanças são necessárias para início de conversas com os EUA

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Em uma entrevista pré-gravada, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, disse que as conversas com os Estados Unidos não são mais possíveis, a menos que certas mudanças ocorram.

A entrevista, gravada no início de março com uma agência de notícias local iraniana, foi divulgada no domingo (23).

“Na minha opinião, o acordo nuclear de ação conjunta em sua forma atual e com seu texto atual não pode ser revivido e não é aconselhável para nós, pois nossa situação nuclear agora avançou tanto que não podemos voltar às condições iniciais do acordo”, disse Araqchi, documento de 2015.

Em 2018, os Estados Unidos, liderados pelo então presidente Donald Trump, saíram do pacto nuclear de 2015 com o Irã e seis potências mundiais e reimpuseram sanções severas contra o país islâmico.

Isso levou Teerã a violar os limites nucleares do pacto, reconstruindo estoques de urânio enriquecido, refinando-o para uma maior pureza físsil e instalando centrífugas avançadas para acelerar a produção.

O Irã não negociará com os Estados Unidos sobre questões nucleares, a menos que Washington retorne ao acordo nuclear de 2015 ou anuncie sua política em relação a ele, disse Araqchi em uma entrevista em janeiro.

“O acordo [de 2015] ainda pode ser uma base e/ou um modelo para negociações”, afirmou Araqchi.

No início deste mês, Trump entrou em contato com a principal autoridade do Irã, o Líder Supremo Aiatolá Ali Khamenei, sobre um possível novo acordo nuclear, como parte de um esforço para evitar ação militar, disse o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, no domingo.

Ele disse que enviou uma carta a Khamenei, alertando que “existem duas maneiras de lidar com o Irã: militarmente, ou você faz um acordo.”

Khamenei rejeitou a oferta de negociações dos EUA como “uma enganação”, dizendo que negociar com a administração Trump “apertaria o nó das sanções e aumentaria a pressão sobre o Irã.”

Araqchi disse na quinta-feira (20) que Teerã responderia em breve tanto às “ameaças quanto às oportunidades” da carta, enquanto alertava no domingo durante a entrevista pré-gravada que negociações com os EUA são impossíveis, a menos que Washington mude sua política de pressão.

“Nas atuais condições, não se pode entrar em negociações com os EUA, a menos que algo mude”, afirmou Araqchi.

Falando separadamente a uma emissora de TV, o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Mike Waltz, disse que os EUA buscavam o “desmantelamento total” do programa nuclear do Irã.

Teerã tem afirmado por muito tempo que o programa é apenas para fins pacíficos.

Embora deixando a porta aberta para um pacto nuclear com Teerã, Trump restabeleceu a campanha de “pressão máxima” que aplicou em seu primeiro mandato como presidente, incluindo esforços para reduzir as exportações de petróleo do país a zero.

Os EUA emitiram quatro rodadas de sanções sobre as vendas de petróleo do Irã desde o retorno de Trump à Casa Branca em 20 de janeiro.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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