O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse o projeto que amplia a isenção do imposto de renda não compromete o equilíbrio das contas públicas. A proposta do governo estabelece um imposto mínimo de 10% sobre os chamados “super-ricos” como forma de compensação.
Haddad acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em viagem à Montes Claros (MG) nesta segunda-feira (7) e discursou durante anúncio da expansão da fábrica da farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk.
“É importante salientar que esse projeto não compromete o equilíbrio das contas públicas porque ele tem um outro componente que vai cobrar de quem ganha acima de R$ 1 milhão por ano e não paga nada de imposto de renda”, disse.
De acordo com o governo federal, ampliação da faixa de isenção resultará em uma redução da arrecadação de receita pela União da ordem de R$ 25,84 bilhões em 2026.
O valor será compensado pela tributação mínima das altas rendas, que possibilitará uma ampliação de receita de R$ 25,22 bilhões, além de R$ 8,9 bilhões em virtude da tributação de 10% na remessa de dividendos para o exterior.
Durante o evento, Haddad também fez um apelo para que o Congresso Nacional analise e vote o projeto que amplia a isenção do imposto de renda com a mesma “diligência” adotada na tramitação da reforma tributária.
“Se ela [proposta] passar, e a gente espera que o Congresso vote, com a mesma diligência como votou a reforma do consumo, a reforma da renda, todos os trabalhadores de carteira assinada que ganham até R$ 5 mil vão ficar 100% isentos do pagamento do imposto de renda”, afirmou Haddad.
Fila do INSS aumenta e fecha 2024 com mais de 2 mi de requerimentos
Fonte: www.cnnbrasil.com.br