O ministro das Relações Exteriores do Lesoto afirmou na quarta-feira (5) que se sentiu chocado e insultado após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizer que ninguém ouviu falar do país africano, e o convidou para uma visita.
Trump mencionou Lesoto em seu discurso ao Congresso dos EUA na terça-feira à noite, ao listar alguns dos gastos estrangeiros que ele cortou como “desperdício terrível”.
“Oito milhões de dólares para promover LGBTQI+ na nação africana do Lesoto, da qual ninguém nunca ouviu falar”, disse Trump, provocando risos no Congresso.
O ministro das Relações Exteriores do Lesoto, Lejone Mpotjoane, disse que a observação foi “bastante insultuosa”.
“Estou realmente chocado que meu país possa ser chamado assim pelo chefe de Estado”, disse ele à Reuters.
O Lesoto, uma nação montanhosa de cerca de 2 milhões de habitantes que é cercada pela África do Sul, tem a maior altitude média de qualquer país e às vezes é chamado de O Reino no Céu.
“O Lesoto é um país tão significativo e único no mundo inteiro. Eu ficaria feliz em convidar o presidente, assim como o resto do mundo, para vir ao Lesoto”, disse Mpotjoane.
Ele disse que algumas organizações da sociedade civil financiadas pela Embaixada dos EUA no Lesoto trabalharam para apoiar a comunidade LGBT+, mas os Estados Unidos também forneceram financiamento importante para os setores de saúde e agricultura do país.
O governo de Trump cortou bilhões de dólares em ajuda externa em todo o mundo, pois busca alinhar os gastos com a política “América Primeiro” de Trump.
Mpotjoane disse que o Lesoto estava sentindo o impacto, pois o setor de saúde dependia dessa ajuda há algum tempo, mas que o governo estava procurando como se tornar mais autossuficiente.
“A decisão do presidente de cortar a ajuda… é (sua) prerrogativa fazer isso”, disse Mpotjoane. “Temos que aceitar isso. Mas se referir ao meu país dessa forma é bastante lamentável.”
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
