“Normalmente os atletas que reclamam são mais velhos, eu até compreendo que eles querem prolongar ainda mais a vida profissional deles. Mas normalmente são atletas que já deveriam ter parado de jogar futebol ao invés de ficar reclamando do gramado”, disse Leila.
“Levando em conta que no Brasil a realidade é outra, se os gramados europeus são tão bons, ótimo, fiquem lá, não venham para cá. Eu me refiro aos jogadores que fizeram aquele manifesto, sem comprovação científica absolutamente nenhuma, de que gramado sintético é prejudicial à vida do atleta”, concluiu a presidente palestrina.
Além disso, Leila garantiu que Jorge Pagura, médico, apresentou um estudo sobre as diferenças entre os estádios e que não existe comprovação de danos para o atleta.
“O doutor Jorge Pagura fez uma bela apresentação, era o estudo que a CBF fez sobre a diferença de um gramado para outro. E, concluindo, não existe nenhuma comprovação de que o gramado sintético causa qualquer dano para o atleta”, revelou Leila.
“Não é possível você comparar gramados europeus com a situação brasileira, é muito melhor você ter um gramado sintético de primeira linha do que jogar em gramados naturais esburacados. Isso é uma coisa óbvia. A gente tem que discutir, sim, a qualidade dos gramados no Brasil, não se o sintético é melhor do que o natural
Relembre o movimento
A utilização de gramados sintéticos voltou ao centro das discussões no futebol brasileiro em fevereiro, após jogadores da Série A iniciarem uma campanha nas redes sociais intitulada #NãoAoGramadoSintético.
Neymar, craque do Santos, Gabigol, do Cruzeiro, e Lucas Moura, do São Paulo, foram alguns dos atletas que se posicionaram contra a utilização de grama artificial nas competições nacionais.
Em publicação nas redes sociais, grandes nomes do futebol brasileiro como Neymar, Gabigol, Lucas Moura, Thiago Silva, Phillipe Coutinho e Memphis Depay, compartilharam o descontentamento com a utilização do gramado sintético. Veja:
“Preocupante ver o rumo que o futebol brasileiro está tomando. Com o tamanho e representatividade do nosso esporte, esse debate nem deveria existir. Nas ligas mais respeitadas do mundo, os jogadores são ouvidos e investimentos são feitos para assegurar a qualidade do gramado nos estádios. A solução para um gramado ruim é fazer um gramado bom, simples assim. Futebol é natural, não sintético. #NãoAoGramadoSintético”
Fonte: www.cnnbrasil.com.br