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Líder da ultradireita lidera pesquisa para eleição presidencial na Romênia

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O líder da oposição da ultradireita da Romênia, George Simion, liderou uma pesquisa de opinião publicada nesta segunda-feira (31). O levantamento foi divulgado cinco semanas antes do primeiro turno de uma nova eleição presidencial que poderá determinar os rumos do país, especialmente em relação ao Ocidente.

A Romênia, país da União Europeia e da aliança militar ocidental Otan, vai realizar novamente os dois turnos da eleição nos dias 4 e 18 de maio. As novas votações votam convocadas depois que o Tribunal Constitucional anulou a votação do primeiro turno em dezembro, após acusações de interferência russa. Moscou nega qualquer participação.

Com o líder da ultradireita da eleição cancelada proibido de concorrer, os ultranacionalistas se reagruparam em torno de Simion, líder da Aliança para a União dos Romenos (AUR), o segundo maior partido da Romênia.

Uma pesquisa de opinião realizada pelo instituto de pesquisas Verifield e encomendada pelo prefeito da capital Bucareste, Nicusor Dan, que é um dos candidatos, mostrou que Simion estava a caminho de garantir 35% dos votos no primeiro turno, um pouco mais do que em pesquisas anteriores.

A pesquisa mostrou que Victor Ponta, um ex-primeiro-ministro de esquerda cuja política se tornou mais ultranacionalista, obteria 21,1% dos votos e que Dan, concorrendo como independente, obteria 20,8%.

A nova pesquisa estimou o apoio ao AUR de Simion em 31,7% e mostrou que os social-democratas no poder estão atrás, com 21,2%. A pesquisa entrevistou 1.100 pessoas entre 24 e 28 de março e teve uma margem de erro de 2,95%.

Avanços da ultradireita

O partido de Simion deixou de ser um grupo marginal antivacinação durante a pandemia de Covid-19 para se tornar a principal força de oposição, apelando para a classe trabalhadora e para os jovens eleitores e aproveitando a raiva popular contra os políticos tradicionais.

George Simion, de 38 anos, apoiou a restauração das fronteiras da Romênia anteriores à Segunda Guerra Mundial, que incluem áreas hoje na Bulgária, Moldávia e Ucrânia, e foi declarado persona non grata nos dois últimos países.

Victor Ponta, de 52 anos, deixou o cargo de primeiro-ministro em 2015, depois que um incêndio mortal em uma boate levou a grandes protestos contra a corrupção. Ele disse que apoia o que chama de “mudança radical” que está ocorrendo nos Estados Unidos e cortejou os eleitores com uma tendência ultranacionalista, ao mesmo tempo que apoia o papel da Romênia na UE e na Otan.

Nicusor Dan, de 55 anos, é um centrista que apoia a participação da Romênia na UE e na Otan e a maior parte da ajuda atual à Ucrânia.

O presidente da Romênia tem uma função semi-executiva que inclui a presidência do conselho que decide sobre ajuda militar e gastos com defesa, e pode vetar votos da UE que exigem unanimidade.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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