A recusa do deputado federal Pedro Lucas (União-MA) de assumir o cargo de ministro das Comunicações ajuda a “segurar” o grupo oposicionista do partido, segundo avaliação de ala do governo Lula.
De acordo com fontes da Esplanada dos Ministérios, uma das principais razões para o parlamentar declinar o comando da pasta é que ele não garantia que aliados fossem para a liderança da legenda.
Como indicado da Câmara, uma das expectativas é que tivesse influência sobre deputados da legenda.
Nessa avaliação, a saída do deputado da liderança abriria espaço para um líder alinhado à oposição, o que poderia gerar desgastes já que a legenda tem duas indicações na Esplanada dos Ministérios: a própria pasta de Comunicações e o ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. Essa última, é o ocupada por Waldez Goes (AP), indicado de Davi Alcolumbre (União-AP).
O União Brasil foi o segundo partido que proporcionalmente mais concedeu assinaturas ao projeto de lei da Anistia. Na primeira lista divulgada, 40 de 59 parlamentares, ou 67% da bancada, assinaram o requerimento de urgência da proposta. O partido ficou apenas atrás do PP, que entregou assinaturas de 72% dos deputados.
Outra preocupação é com a federação entre União-PP, avaliada por ambos os partidos. A junção dos partidos é discutida há semanas, mas segue sem definição.
Se concluída, a federação seria o maior bloco da Câmara, com 107 parlamentares. A liderança da possível federação na Casa Legislativa é fonte de preocupação para o Palácio do Planalto.
Um dos nomes cotados para assumir o comando da fusão das legendas é Arthur Lira (PP-AL). Quando ocupou a presidência a Câmara, o parlamentar teve embates com pautas do governo.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br