O governo de São Paulo deu um passo fundamental para tirar do papel a linha 16-Violeta do metrô, que terá 32 quilômetros de extensão e 25 novas estações.
A Secretaria de Parcerias em Investimentos autorizou o grupo espanhol Acciona a conduzir os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental para a construção da linha.
Com isso, a Acciona terá um prazo de quatro meses para entregar esses estudos. O custo total será de R$ 42,4 milhões.
Se o projeto for leiloado e arrematado por eventual concorrente, a empresa tem direito ao reembolso integral, que seria pago pelos vencedores da licitação.
A autorização para os estudos foi publicada nesta quarta-feira (8) em despacho da Secretaria de Parcerias em Investimentos.
Tentativa de cronograma
Após a entrega, o governo paulista poderá fazer ajustes no projeto e então abrirá audiência pública para receber contribuições de interessados. Isso deverá ocorrer no começo do segundo semestre.
Recentemente, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) manifestou o desejo de leiloar a linha 16-Violeta ainda em 2025. Nos bastidores, entretanto, técnicos consideram que esse cronograma é praticamente impossível de cumprir e o leilão ficará mesmo para 2026.
O importante, afirmam, é que o contrato de concessão da nova linha ainda seria assinado na atual gestão.
Será uma parceria público-privada (PPP), com aporte financeiro do estado para compor o investimento total de R$ 38 bilhões, conforme estimativas ainda preliminares.
Segundo fontes, o governo pretende dividir a construção da linha em duas fases. A primeira compreende o trecho Oscar Freire-Abel Ferreira, com 16 estações, passando por outras quatro linhas existentes do metrô.
Numa segunda etapa, a construção prosseguiria com mais nove estações, chegando até Cidade Tiradentes (extremo leste da cidade de São Paulo).
Ao dividir as obras em duas fases, o objetivo do governo é adequar a construção à sua capacidade orçamentária ao longo do tempo, já que precisará arcar com parte significativa dos investimentos.
A linha 16-Violeta é chamada também de “Linha dos Parques” pela proximidade de suas estações com parques tradicionais de São Paulo, como o da Aclimação, o Ibirapuera e o Independência.
Concorrência
Concessionária e responsável pelas obras da Linha 6-Laranja, entre Brasilândia e São Joaquim (na primeira fase), a Acciona tem sido vista como favorita para ficar com o novo projeto do metrô.
Foi a empresa espanhola, por exemplo, que apresentou formalmente uma Manifestação de Interesse Privado (MIP) na linha 16-16-Violeta e levou o governo de São Paulo a abrir um chamado para a realização de estudos.
A Acciona também deve desmobilizar, em breve, dois “tatuzões” que têm sido usados na escavação da linha 6-Laranja e ficariam disponíveis para outras obras.
Na avaliação do Palácio dos Bandeirantes, contudo, há uma perspectiva de concorrência no leilão do projeto.
Pelo menos três grandes empreiteiras nacionais e dois grupos italianos procuraram o governo com interesse na linha 16-Violeta.
A expectativa do governo é que haja a formação de mais um consórcio para, futuramente, disputar a concessão com a Acciona.
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Fonte: www.cnnbrasil.com.br