Manifestantes marcharam em Buenos Aires neste sábado (29) exigindo que o país criminalize o aborto, menos de quatro anos após o governo anterior legalizar o aborto até 14 semanas de gravidez, sem a necessidade de provar estupro ou condições médicas graves.
Um manifestante segurava um cartaz dizendo “Ilegal, inseguro e caro”, enquanto outro segurava uma imagem de médicos com uma legenda dizendo: “Você estudou para curar, não caia na armadilha do aborto”. Alguns acenavam lenços azuis claros, que representam ativistas antiaborto na América Latina.
Em 2021, a Argentina legalizou o aborto voluntário até 14 semanas de gestação o Senado aprovar a lei em dezembro de 2020.
O partido do presidente argentino, Javier Milei, apresentou no ano passado um projeto de lei para criminalizar o aborto, mas a medida não conseguiu reunir o apoio necessário.
O partido de Milei também cortou o financiamento para educação sexual, contracepção e pílulas abortivas. Ele disse às Nações Unidas em setembro que as políticas em torno dos direitos reprodutivos eram “ridículas”, dadas as taxas de natalidade em declínio nos países ocidentais.
A Organização Mundial da Saúde estimou que 5% a 13% das mortes maternas no mundo são devidas a abortos inseguros, e que três em cada quatro abortos na América Latina são inseguros.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br