O deputado federal e presidente nacional do partido Republicanos, Marcos Pereira (SP), rebateu nesta quarta-feira (19) as críticas do pastor Silas Malafaia.
Malafaia comentou sobre as falas do líder partidário em entrevista à CNN sobre o projeto de lei (PL) que visa anistiar os condenados pelos atos realizados em 8 de janeiro de 2023.
Pereira disse ter sido “covardemente atacado” mais de uma vez, e que o pastor “exala e transpira ódio”.
“Esse ódio faz com que ele deixe de refletir e se manifestar com inteligência”, escreveu o deputado. “Não me movo sob pressão. Muito menos com gritaria. Não é meu perfil. Minha posição nunca foi contra a anistia. Desafio Malafaia e quem quer que seja a encontrar uma manifestação pública minha contra ou a favor”, prosseguiu.
“Ele precisa se acalmar e parar de induzir a guerra enquanto muitos, incluindo a mim mesmo, têm trabalhado pela pacificação”, adicionou Pereira.
Veja a publicação:
Anteriormente, também nas redes sociais, Malafaia publicou um vídeo dizendo sentir vergonha de Marcos Pereira pelas declarações sobre o PL da Anistia, contaminar o debate presidencial e opinar que ele não deveria ser votado agora.
“Pastor e deputado Marcos Pereira envergonha a Igreja Universal e os evangélicos”, escreveu em publicação no Instagram, onde também incentivou políticos do Republicanos a deixarem o partido e se voltaram contra o presidente.
Marcos Pereira à CNN
Pereira classificou a anistia como um “tema sensível” em entrevista ao WW na última terça-feira (18).
“Nós não debatemos ainda esse tema na bancada do Republicanos. Nós temos hoje uma bancada de 44 deputados federais e precisa ser debatido”, citou.
“O sentimento que eu tenho, das minhas conversas individuais com os meus colegas de partido, é que de há um amplo favoritismo da bancada para apoiar essa pauta, porque entendem esses colegas que algumas penas estão exageradas“, prosseguiu.
O parlamentar, contudo, reiterou que não é uma posição oficial do partido, porque a pauta não foi discutida internamente.
Segundo o deputado, a pauta “contamina” o debate sobre as eleições presidenciais de 2026.
“O ideal é que o debate de 2026 seja feito sem essa pauta, que eu penso que não só contamina o debate da eleição presidencial como também a própria governabilidade e a própria atuação da Câmara e do Senado”, disse.
Para o presidente do Republicanos, em uma ótica jurídica, a pauta não deveria ser analisada agora porque o processo não foi finalizado ainda, e que, se chegar a ser aprovada e entrar em vigor, será vetada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e voltará ao Congresso.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br