Milhares de pessoas marcharam por Dallas, Texas, neste domingo (30) exigindo proteções legais para imigrantes. O ato acontece em meio à repressão do governo Trump a imigrantes irregulares, estudantes estrangeiros e até mesmo residentes legais dos Estados Unidos.
Os manifestantes ergueram uma bandeira americana gigante e gritaram “Sim, nós podemos” em espanhol.
O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, recebeu resistência dos tribunais pela prisão e rápida deportação de supostos membros de gangues venezuelanas sob uma lei de 1798, bem como pelas prisões de estrangeiros nos EUA com visto de estudante e portadores do green card.
O representante democrata do Texas no Congresso, Al Green, disse que é crucial preservar o devido processo legal.
“O devido processo legal está na lei para proteger pessoas inocentes”, disse ele. “Sem o devido processo legal, pessoas inocentes seriam encarceradas porque não tiveram a oportunidade de simplesmente se identificar. Então, estou aqui para proteger a liberdade e a justiça para todos.”
Domingo Garcia, presidente da Liga dos Cidadãos Latino-Americanos Unidos, que ajudou a organizar a marcha deste domingo, disse que era hora de acabar com o “alarmismo”.
“É hora de trabalhar por uma solução positiva para consertar um sistema de imigração quebrado”, ele disse à Reuters. “E estamos pedindo aos republicanos e democratas, vamos trabalhar juntos, vamos consertar esse problema, e vamos fazer isso como americanos e como cristãos.”
Em uma pesquisa recente da Reuters/Ipsos, cerca de metade dos entrevistados dos EUA aprovaram a abordagem de Trump à imigração.
Trump deu início à repressão da imigração após assumir o cargo em 20 de janeiro, enviando tropas militares para a fronteira com o México e realocando agentes federais para auxiliar na fiscalização. Seu governo aumentou as prisões e abriu novas rotas para deportar migrantes.
O presidente também mirou na imigração legal, tentando congelar o programa de reassentamento de refugiados dos EUA e revogar vistos e green cards de estudantes que participaram de protestos pró-palestinos. Em uma ordem executiva, Trump tentou restringir a cidadania por direito de nascença, desencadeando uma batalha judicial.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br