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Milícias pró-Irã chegam à Síria para apoiar Bashar al-Assad em novo conflito

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Milícias vindas do Iraque e apoiadas pelo Irã entraram na Síria nesta segunda-feira (2).

O grupo foi em direção ao norte do país para dar suporte às forças do exército que lutam contra os rebeldes, disseram duas fontes militares sírias.

Um informante sênior do exército sírio contou à Reuters que dezenas de combatentes iraquianos do Hashd al Shaabi, alinhados ao Irã, entraram na Síria por uma rota militar perto da passagem de Al Bukamal, cidade no leste do país.

“São reforços novos enviados para ajudar nossos companheiros nas linhas de frente no norte”, informou o oficial, acrescentando que as milícias também incluíam os grupos iraquianos Katiab Hezbollah e Fatemiyoun.

Durante a guerra da Síria, o Irã enviou milhares de milícias xiitas para o território e, juntamente com a Rússia e seu poder aéreo, permitiu que o presidente Bashar Assad erradicasse a oposição, recuperando a maioria da área.

A falta de soldados para impedir o ataque rebelde nos últimos dias contribuiu para a rápida retirada das forças do exército sírio e para a tomada de controle da cidade de Aleppo, por parte dos opositores, declararam duas outras fontes militares.

Milícias aliadas ao Irã, lideradas pelo Hezbollah, têm uma forte presença na região de Aleppo, segunda maior cidade do país.

Nos últimos meses, Israel também intensificou os ataques às bases iranianas na Síria e, ao mesmo tempo, empreendeu uma ofensiva no Líbano que, segundo o país, enfraqueceu o Hezbollah e suas capacidades militares.

Entenda o conflito na Síria

A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, segundo a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região. 

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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