A Casa Branca divulgou, na tarde desta quarta-feira (15), um pronunciamento do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre o acordo de cessar-fogo e troca de reféns entre Israel e Hamas.
Na mensagem, Biden menciona o apoio do Egito e do Catar como mediadores nas negociações, e atribui o resultado à “obstinada e meticulosa diplomacia americana”.
“Hoje, depois de muitos meses de intensa diplomacia por parte dos Estados Unidos, juntamente com o Egito e o Catar, Israel e o Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo e de reféns. Este acordo irá parar os combates em Gaza, aumentar a tão necessária assistência humanitária aos civis palestinianos e reunir os reféns com as suas famílias depois de mais de 15 meses em cativeiro”, diz o comunicado.
O pronunciamento continua: “Apresentei os contornos precisos deste plano em 31 de maio de 2024, após o que foi aprovado por unanimidade pelo Conselho de Segurança da ONU. É o resultado não só da extrema pressão sob a qual o Hamas tem estado e da alteração da equação regional após um cessar-fogo no Líbano e o enfraquecimento do Irão – mas também da obstinada e meticulosa diplomacia americana. A minha diplomacia nunca cessou os seus esforços para conseguir isto.”
“Ao mesmo tempo que saudamos esta notícia, lembramo-nos de todas as famílias cujos entes queridos foram mortos no ataque do Hamas em 7 de Outubro, e das muitas pessoas inocentes mortas na guerra que se seguiu”, diz o comunicado de Biden.
“Já passou da hora de os combates terminarem e de o trabalho de construção da paz e da segurança começar. Estou também a pensar nas famílias americanas, três das quais têm reféns vivos em Gaza e quatro aguardam a devolução dos restos mortais depois daquela que foi a provação mais horrível que se possa imaginar. Sob este acordo, estamos determinados a trazer todos eles para casa.”
“Falarei mais sobre isso em breve. Por enquanto, estou emocionado porque aqueles que foram mantidos como reféns estão sendo reunidos com suas famílias”, finaliza a mensagem.
Entenda o acordo
O Hamas e grupos aliados devem libertar 33 reféns na primeira fase, que terá início no dia 19 de janeiro. Em troca, Israel libertará centenas de prisioneiros palestinos.
As negociações para chegar à segunda fase – que visa acabar com a guerra – começariam no 16º dia da implementação do acordo.
O escritório de mídia do Hamas na Faixa de Gaza está dizendo aos moradores do território para não se deslocarem até o início oficial do cessar-fogo.
“O Escritório de Mídia do Governo pede aos cidadãos honrados que não se movam antes do início oficial do cessar-fogo e que obtenham informações sobre o momento do cessar-fogo de fontes oficiais”, destacou o grupo radical em comunicado à imprensa.
Em uma declaração anterior, o grupo afirmou que havia consultado grupos aliados sobre o que havia sido proposto pelos mediadores.
“O movimento lidou com esse assunto com total responsabilidade e positividade, decorrente de seu dever para com nosso povo firme e resiliente na Faixa de Gaza, para parar a agressão sionista contra eles e pôr fim aos massacres e genocídios que eles estão enfrentando”, destacaram.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br